Seu pensamento afeta sua saúde?

03/06/2019 às 08:352 min de leitura

Todo mundo tem um plano para começar a academia, perder peso, e os mais ousados até pensam em serem os influenciadores digitais do momento. No entanto, além dos exercícios físicos, é bom trabalhar sua cabeça. Um novo estudo mostrou que existe conexão entre a forma como você enxerga a sua saúde e os resultados: caso seja muito pessimista sobre seu condicionamento físico, talvez você não alcance os resultados que espera.

A pesquisa

Cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA, analisaram dados sobre a mortalidade de 61 mil adultos. Durante 12 anos, informações sobre essas pessoas foram registradas, incluindo o quanto elas se exercitavam e também a opinião delas em relação a quanto exercício faziam, comparando com outras pessoas de mesma faixa etária. Ao longo desse tempo, alguns participantes morreram por motivos variados.

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Após a análise dos fatores que influenciaram na saúde dos participantes, descobriu-se algo surpreendente. As pessoas que acreditavam fazer menos exercícios do que outras morreram mais cedo, mesmo que essas pessoas fizessem a mesma quantidade de atividades. Essa constatação se manteve, mesmo com os participantes sabendo o histórico de saúde de cada um, e até mesmo se eram fumantes.

Origem do estudo

Exercícios são benéficos para a saúde, mas a autora do estudo, Octavia Zahrt, passou por uma experiência que a fez considerar a influência da percepção de quantidade das atividades realizadas. Ela morava em Londres e era uma pessoa ativa, pois se locomovia pela cidade de bicicleta e fazia exercícios regulares, mas quando se mudou para os EUA e começou uma pós-graduação as coisas mudaram.

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Todos ao seu redor vestiam roupas de exercício e pareciam sempre estar indo ou voltando de suas atividades. Isso a levou a questionar essa influência, dando origem à pesquisa, que concluiu a existência de um aumento de 71% no risco de mortalidade caso a pessoa ache que realiza menos exercícios que seus colegas, se comparando com a pessoa que mais faz exercícios no grupo.

Octavia enumerou três possibilidades para o efeito: o stress causado pela sensação de não ser ativo o suficiente, desanimar e parar por crer que nunca faz o suficiente, e um efeito chamado nocebo.

O nocebo é a influência negativa do pensamento sobre algo; ou seja, o contrário do efeito placebo. Por exemplo, você pode tomar uma pílula de farinha achando que é algo tóxico e, após a ingestão, apresentar sintomas de intoxicação. Isso, aplicado a exercícios, poderia diminuir seus efeitos benéficos.

Você envelhece quando se acha velho

Algo semelhante foi constatado em uma pesquisa feita em 2003. Nela, 7 mil funcionários públicos foram questionados sobre qual idade consideravam como o início da velhice. Quando os pesquisadores analisaram os dados, perceberam que as pessoas que indicavam essa transição com 60 anos ou menos tinham uma probabilidade maior de apresentar problemas cardíacos, se comparados a quem apontava a velhice começando aos 70 anos.

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Os questionamentos sobre essa correlação também existem, pois talvez as pessoas respondessem determinada idade por já possuírem uma saúde debilitada. Ou talvez já sentissem que seu fim estava próximo, por isso abdicavam de qualquer exercício ou procedimento que aumentasse sua longevidade. Isso sem considerar o stress, causado pela aproximação da idade em que você vai passar a se considerar velho.

As respostas definitivas ainda não apareceram, tanto que os questionamentos levantados nas duas pesquisas são semelhantes; o que parece ser certo é que nosso pensamento influencia o corpo. Partindo desse ponto, o ideal é tentar levar uma vida saudável e relaxada, sem conversar demais sobre treinos com aquele seu amigo maratonista.

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