Mais 5 fake news históricas em que a galera do passado realmente acreditou

16/05/2018 às 10:313 min de leitura

As fake news são um grande mal desse final dos anos 2010. Porém, não é de hoje que o ser humano inventa histórias fantasiosas ou mentirosas que se propagam como fogo em palha – a diferença é que, no passado, não havia WhatsApp ou Facebook para elas se disseminarem. Já trouxemos 10 fraudes históricas em outra lista, mas o número de bizarrices desse tipo é bem grande. Confira mais alguns exemplos:

1. Batatas gigantes

A história das batatas gigantes rodou os Estados Unidos em 1895. Tudo começou quando W. L. Thorndyke, editor de um jornal de Loveland, no estado do Colorado, publicou uma foto do fazendeiro Joseph B. Swan segurando uma batata enorme. Rapidamente, as batatas Maggie Murphy, como ficaram conhecidas, eram solicitadas por pessoas de todo o país que queria ter as belezuras em suas plantações.

As batatas teriam até 75 cm de comprimento e pesariam cerca de 40 kg! Só que o que começou como brincadeira acabou virando um dor de cabeça para Thorndyke, que precisou admitir que tudo não passara de uma farsa. A batata em questão foi esculpida em madeira para aparecer no jornal – era uma época muito longe do Photoshop.

batatasBatata gigante? Não! Escultura de madeira

2. Trolls intelectuais

Em 1910, o poeta e troll britânico Horace de Vera Cole queria conhecer o novíssimo navio-almirante HMS Dreadnought, da Marinha Real Britânica, e inventou uma história pra lá de maluca para conseguir. Ele chamou alguns colegas, entre eles ninguém menos do que Virginia Woolf, para enganar os oficiais.

Vera Cole jurou que a equipe que o acompanhava era composta de nobres da Abissínia, atual Etiópia, que queriam conhecer o navio. Os ilustres tinham barba postiça, usavam turbante e pintaram a cara para dar mais credibilidade à história. E não é que a história colou? Porém, quando foi descoberta, a Marinha Britânica foi alvo de constantes zombarias.

trupeA trupe reunida: Virginia Woolf supostamente é a da esquerda

3. A origem da banheira

Outra fake news criada por um jornalista foi a da origem da banheira, escrita por H. L. Menken em 1917. Em um artigo publicado no New York Evening Mail, o cara descreveu que o objeto fora criado em solo norte-americano em 1842, mas que, no começo, foi proibido de ser utilizado já que médicos alegavam fazer mal à saúde. Os primeiros modelos seriam de mogno revestido com chumbo, sendo que as banheiras só teriam sido aceitas quando Millard Fillmore, presidente dos EUA entre 1850 e 1853, instalou uma delas na Casa Branca.

Durante muitos anos, essa história da “origem da banheira” foi citada em inúmeros lugares como sendo totalmente verdadeiro – algo meio absurdo, já que um pouquinho de investigação daria conta de ver que elas foram inventadas muitíssimo antes de 1842. O próprio Menken assumiu que se tratava de uma fantasia criada em plena Primeira Guerra Mundial, mas que continuava a ser perpetuada mesmo após a verdade vir à tona.

banheiraA banheira foi inventada nos EUA? Não!

4. A árvore de espaguete

Em 1957, o espaguete ainda era pouco conhecido no Reino Unido; por isso, uma pegadinha de 1º de abril da BBC acabou sendo encarada como verdade. Um programa da emissora mostrou imagens do que seria uma família do sul da Suíça que teria tido um ano brilhante na colheita do macarrão, já que o inverno tinha sido mais ameno e as pragas das massas, como os escaravelhos, tinham sido menos intensas naquele ano.

Nessa época, a TV alcançava 44% das residências britânicas, mas o espaguete ainda era considerado uma iguaria exótica que muitos não sabiam a procedência. Por isso, muita gente acreditou na tal árvore de macarrão e ligou para a emissora para obter mais informações de como cultivar sua própria plantação em casa. E a resposta da BBC? “Basta colocar um pedaço de espaguete em uma lata de molho de tomate e esperar o milagre acontecer”. Genial, hein?

árvore"Colheita" de espaguete de 1957 foi a melhor da história – só que não

5. O menino do balão

Em outubro de 2009, o mundo já estava acostumado com a internet e com algumas trollagens, mas um caso chamou a atenção da imprensa mundial. O casal Richard e Mayumi Heene soltaram um balão em formato de nave espacial cheio de gás hélio na atmosfera. O negócio voou a mais de 600 metros de altura por uma distância de 80 km. O problema foi que os Heene juraram que seu filho Falcon, de 6 anos, estaria em um cesto que foi carregado pelo balão.

Com isso, montou-se uma intensa operação de resgate, envolvendo policiais e até a Guarda Nacional para garantir que Falcon sobrevivesse ao incidente. Quando o balão caiu sem nenhum garoto a bordo, todos temeram pelo pior. Só que Falcon estava escondido no sótão de casa em total segurança! A intenção do casal era justamente chamar a atenção e ganhar alguma grana com a história. No final das contas, Richard foi condenado a 90 dias de prisão, além de uma multa de US$ 36 mil e 100 horas de serviço comunitário.

balãoFalcon foi usado por seus pais para enganar o mundo

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