Mudança climática: cientistas encontram evidências da queda do Império Maia

10/08/2018 às 14:452 min de leitura

O Império Maia dominou, durante 3 mil anos, a região onde hoje estão Guatemala, Honduras e México. Apesar de ter construído enormes pirâmides, templos e cidades gigantescas, em apenas dois séculos essa civilização de cerca de 13 milhões de pessoas chegou ao fim, deixando poucos vestígios para os colonizadores europeus. A explicação para o declínio pode ser a seca severa e, claro, a redução drástica da quantidade de chuvas.

Ao contrário do que se acreditava ser a resposta para o fim dos maias, a superpopulação e o desmatamento tiveram pouca ligação com o fenômeno. A seca extrema, com redução de 50% a 70% do período de chuvas, coincide com o fim da população, o que mostra as consequências graves da mudança climática sobre o ambiente e, especialmente, sobre nós, seres humanos.

Os indícios estão escondidos em sedimentos lamacentos encontrados no fundo do lago Chichancanab, de acordo com estudo publicado na revista Science por pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade da Flórida. O material mineral é o equivalente a um fóssil aquático, e sua composição e disposição de átomos mostra que a área em torno do lago teria passado períodos de extrema aridez.

Êxodo ou extinção?

Muito já se discutiu a respeito do fim dos maias, mas, apesar do mistério, tudo indica que a população não foi dizimada por doenças, uso de monocultura ou algo do gênero. Com o longo período de seca que assolou a região, o mais provável é que a mudança do clima tenha afastado os moradores, que procuraram lugares mais acolhedores e possíveis para sobreviver.

A hipótese climática ganha cada vez mais força tanto por estudos do solo e dos lagos da região quanto pela atualidade e pertinência do tema. Assim como os maias, que dependiam das chuvas para encher reservatórios de abastecimento e irrigação de atividade agrícola, nossa sociedade atual passa por desafios muito similares, com secas extremas e alagamentos constantes, sem contar as estações que se confundem e a constante elevação da temperatura do planeta.

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