A ilha fluvial de Majuli está localizada ao longo do curso do rio Brahmaputra — afluente do rio Ganges, o maior e mais importante da Índia — e, desde o início do século 20, vinha diminuindo de tamanho por causa de um acelerado processo de erosão do solo, decorrente das inúmeras inundações que acontecem na época chuvosa das monções.
Em 1979, um cara chamado Jadav Molai Payeng — na ocasião, com 16 anos — encontrou centenas de cobras mortas pelo calor excessivo depois que uma forte inundação as levou para um banco de areia onde não havia uma árvore sequer. Indignado com a tamanha mortalidade, o indiano resolveu tomar uma atitude.
Em 7 décadas, Majuli tinha perdido, por causa da erosão do solo, mais da metade do seu tamanho original
Sozinho, Jadav assumiu a missão de iniciar o plantio de árvores nessa ilha que tinha tudo para sumir do mapa
A história começou no final da década de 1970, quando o indiano ainda era adolescente
As primeiras mudas eram de bambu, e ele as regava todas as manhãs e ao entardecer
Conforme cresciam, ele retirava mudas delas e as plantava em outras áreas impactadas pela erosão
De lá para cá, Jadav reflorestou uma área equivalente a 800 campos de futebol
Apenas para efeito de comparação: ela é maior do que todo o Central Park de Nova York, nos Estados Unidos
Além de recuperar o solo degradado, brotou uma floresta cheia de vida, refúgio para inúmeras espécies ameaçadas de extinção
Inclusive, uma manada de elefantes a visita regularmente todos os anos
Em 2013, a história de Jadav foi transformada em um curta-metragem chamado "Homem-Floresta", bastante premiado internacionalmente
E a sua iniciativa, discreta e solitária, o fez ser considerado em seu país como uma espécie de herói — motivos para isso ele tem de sobra
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