O motivo por trás da proibição de líquidos em aeroportos

17/12/2018 às 08:002 min de leitura

Passar pela inspeção de segurança de qualquer aeroporto é sempre uma saga: notebooks devem ser retirados dos cases e celulares dos bolsos e a existência de outros equipamentos eletrônicos tem que ser notificada aos seguranças. 

Além disso, cintos, sapatos, moedas, chaves, relógios e qualquer outro elemento metálico não permitem uma passagem silenciosa e tranquila pelo detector de metais. 

Desde 2006, os passageiros tiveram que adicionar um novo item à gigante lista de medidas de segurança: a proibição de recipientes com líquidos com mais de 100 mililitros.

A normativa foi implementada pela Transportation Security Administration (TSA) e não deve mudar tão cedo. No Brasil, essa definição foi mais abrangente: em voos internacionais ou em trechos domésticos de voos com destinos fora do país, é terminante proibido levar na bagagem de mão qualquer forma de líquido ou gel (bebidas, cósmeticos ou mesmo pasta de dentes). 

O motivo? Pelo menos dois acontecimentos ligados ao terrorismo. 

Enquanto investigava Abdulla Ahmed Ali, um cidadão britânico ligado a entidades terroristas, a Polícia Metropolitana de Londres testemunhou a adulteração de uma embalagem de refrigerante. 

Ali perfurou o frasco para preenchê-lo com um líquido explosivo, de forma que pareceria que o recipiente ainda não havia sido aberto. De acordo com a vigilância, se o plano tivesse dado certo, o resultado seria o ataque a pelo menos sete aeronaves. 

Outro fato envolvendo planos mal sucedidos aconteceu nos anos 90. Em 1994, autoridades filipinas descobriram o que ficou conhecido como Plano Bojinka. Ramzi Yousef e Khalid Sheikh Mohammed (este mentor do atentado de 11 de setembro) queriam explodir 12 aeronaves em rotas entre a Ásia e os EUA. 

Para tanto, a dupla testou explosivos líquidos. O material acabou iniciando um incêndio químico no apartamento em que os homens estavam – Ramzi foi preso 23 dias depois do ocorrido e Khalid anos mais tarde, por seu envolvimento no 11 de setembro. 

De acordo com as autoridades, a quantidade-limite  estipulada em 100 mililitros   acaba restringindo o tamanho dos recipientes de transporte, impedindo que líquidos potencialmente explosivos sejam levados a bordo das aeronaves.

Se mesmo depois de toda essa história você ainda quiser bater o pé e levar recipientes com mais de 100 mililitros, lamentamos. No Brasil, mesmo as bebidas adquiridas após a passagem pela inspeção aeroportuária não podem ser levadas a bordo. No caso de itens adquiridos em duty-frees, como perfumes e cosméticos, cabe à própria loja levá-los até a aeronave, onde o comprador finalmente os receberá. 

A medida não é lá muito conveniente, mas garante mais segurança para quem circula pelos aeroportos. Na dúvida sobre essa e outras restrições, sempre vale a pena dar aquela olhadinha no site das companhias aéreas. 

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