Japão quebra acordo internacional e volta a caçar baleias para o comércio

28/12/2018 às 03:592 min de leitura

A caça comercial às baleias se tornou um assunto bem delicado e polêmico, principalmente após quase causar a extinção de diversas espécies - o que fez com que a IWC proibisse sua prática. 

Um anúncio feito nessa quarta-feira pelo porta-voz do governo japonês Yoshihide Suga, informou que o Japão irá se desvincular da Comissão e a caça comercial será permitida a partir de Julho, reduzindo o número de países membros da IWC em 89. A atividade estará restrita somente ao território marítimo japonês e às suas zonas econômicas e, portanto, o país deve encerrar a caça no oceano Antártico e no hemisfério sul.

Ademais, autoridades do Japão declararam que comer carne de baleias faz parte de sua cultura e eles não estão mais dispostos a abrir mão da comercialização. Foi dito também que a IWC não está em consonância com seus objetivos, ao passo que não apoia a caça sustentável, se preocupando apenas em conservar os números desses animais.

Essa atividade é vista em território japonês por cerca de trinta anos devido a "pesquisas científicas" - o que seria uma excessão às regras da Comissão -, mas, na prática, a carne tem seu fim nas peixarias. Além disso, apesar do acordo, populações costeiras ainda caçam baleias. O mercado se beneficiou muito com isso, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, período em que a carne desses animais era a principal fonte de alimento. Mas, após o acordo feito pela Comissão, a venda despencou em níveis absurdos.

Vale dizer que essa nova postura não dá total liberdade ao país. Apesar de poder caçar espécies sob grande ameaça de extinção, como as baleias-de-minke por exemplo, ele ainda estará vinculado às leis internacionais. A Convenção das Nações Unidas Sobre o Direito do Mar obriga que países colaborem para a conservação desses animais por meio de organizações internacionais - apesar de não especificar quais.

O Japão, com seu ideal pró-caça, poderia se unir à Comissão do Mamífero do Atlântico Norte (Nammco). Ela atualmente é composta por quatro países que, assim como a nação japonesa, não concordam com a vertente da IWC. Entretanto, apesar da firmeza dos japoneses e do apoio de algumas nações que irão se beneficiar com a mudança, a declaração gerou uma repercussão extremamente negativa e atraiu muitas críticas internacionais. Grupos de conservação ambiental já alegaram que essa decisão trará consequências graves para a preservação marítima.

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