Descubra 10 maneiras de morrer no espaço sideral

12/02/2015 às 12:384 min de leitura

Geralmente, Hollywood vende uma imagem bonita e deslumbrante sobre o espaço sideral e os exploradores do cosmo, tanto é que não são poucas as crianças que já sonharam em se tornar astronautas. Entretanto, o universo é muito mais impiedoso.

É difícil acreditar que os ETs tenham entrado em contato com a Terra e que eles talvez estejam no comando da economia mundial e do Vaticano, porém as ameaças celestes são inegáveis.

Ainda que sair do planeta e retornar para ele seja perigoso, o tempo que o astronauta passa em um ambiente livre de oxigênio, gélido e vazio é tão ameaçador quanto. Na verdade, ele é tão assustador que é de se estranhar que apenas três cosmonautas soviéticos tenham morrido por lá em 1971.

A seguir, você confere uma lista com as 10 formas possíveis de se morrer no espaço.

1. Asfixia

Caso um astronauta acabe solto durante uma caminhada no espaço, sua vestimenta (a Unidade de Mobilidade Extraveicular, também conhecida por EMU) continuará fornecendo oxigênio e removendo dióxido de carbono durante oito horas e meia. Porém, caso o apetrecho falhe ou o indivíduo seja submetido à falta de ar e ao vácuo livre de pressão atmosférica, sem o sistema protetor ele perde a consciência em apenas 15 segundos.

Em 1971, três exploradores soviéticos estavam cerca de 167 quilômetros acima da Terra, quando uma das válvulas de seus suportes de vida rompeu, fazendo assim com eles fossem os primeiros humanos a terem uma exposição direta com o vácuo sideral.

Quando a cápsula, guiada por um sistema de piloto automático, pousou, a equipe de resgate encontrou os tripulantes sentados e mortos, com marcas negras no rosto e sangue vazando dos orifícios nasais e dos ouvidos.

2. Despressurização

Sem a pressão atmosférica para balancear as coisas, o cosmonauta que tentar respirar no espaço acaba expandido seus pulmões e rasgando os delicados tecidos responsáveis pela troca dos gases no órgão. Ao mesmo tempo, a água presente nos tecidos moles do corpo da pessoa evapora, fazendo com que ele inche de maneira grotesca, ainda que a pele forneça resistência o bastante para evitar que ele exploda.

Para tornar a morte ainda mais pavorosa, uma série de bolhas se formariam nas veias do astronauta, bloqueando o fluxo de sangue e fazendo com que o estômago, o intestino e a bexiga esvaziem seus conteúdos instantaneamente. Por mais maldoso que pareça, já foram feitos estudos com cachorros submetidos em situações próximas ao vácuo.

Como se o fatality não fosse o bastante, também pode acontecer de o indivíduo sofrer um embolismo, uma condição que faz com que o ponto de ebulição dos fluídos corpóreos caia para uma temperatura mais baixa do que a do resto corpo, matando o astronauta com a saliva fervente na boca.

3. Queimadura solar

Por padrão, o sol emite energia em uma grande variedade de ondas, inclusive em radiação ultravioleta que não podemos ver ou sentir. Os raios UV não são de todo ruim, uma vez que eles geram vitamina D no corpo. Todavia, se você ficar muito tempo exposto a eles, é bem provável que tenha queimaduras e doenças, tais como câncer de pele, catarata e supressão do sistema imunológico.

Se essas coisas acontecem normalmente com a gente aqui na Terra, imagina o que faria com um astronauta no espaço! Enquanto ele estiver usando a EMU, ele estará protegido. Até mesmo o visor do capacete, a única parte transparente da roupa, possui diversas camadas para filtrar a radiação.

4. Dano celular por radiação

Mesmo que o astronauta não ganhe belas queimaduras solares, o ambiente espacial o bombardearia com dezenas de outros tipos de radiação perigosas. Além disso, eles não teriam a atmosfera de nosso planeta e o campo magnético para eliminar as piores partículas.

Os cientistas dizem que, ao menos que seja possível proteger os desbravadores espaciais em viagem interplanetárias, eles correm o risco de morrer no caminho devido à contaminação por radiação. E, mesmo que isso não aconteça, eles certamente sucumbiriam por causa de um câncer.

5. Ser atingindo por um lixo espacial

Parece coisa de cinema, mas o lixo espacial existe e está bem acima de nossas cabeças. Em 2012, seis cosmonautas a bordo da Estação Espacial Internacional tiveram que se refugiar dos entulhos de um antigo satélite russo.

Atualmente, a NASA está rastreando 500 mil escombros que viajam em torno da Terra em uma velocidade de 28.164 kph. Ainda que não sejam grandes, basta uma pequena amostra para nocautear um piloto ou demolir uma estação espacial.

6. Inalação de poeira cósmica

Ao inalar poeira cósmica, o astronauta sofre de um equivalente lunar da doença da febre do feno. Se algum dia os exploradores conseguirem chegar a Marte, eles terão que se preocupar com uma areia superfina contendo silicatos, que carregam eletricidade estática e grudam em qualquer superfície.

Caso ele respire a mistura, ela pode reagir a água nos pulmões e criar componentes químicos danosos que causam efeitos semelhantes a doença dos pulmões pretos que atinge os mineradores de carvão.

7. Comprometimento do sistema imunitário

No cosmo, os humanos ficam mais suscetíveis a doenças, visto que ele tem um efeito ruim no sistema imunológico. Particularmente, a microgravidade parece interferir na ativação dos linfócitos T – um tipo de célula branca que ajuda a proteger o homem contra infecções. Outro risco é que a radiação espacial também pode combinar com a ausência de gravidade e agravar ainda mais os danos das doenças.

8. Problemas nos ossos e gastura

Embora o esqueleto pareça duro e firme, os ossos são tecidos vivos em que as células chamadas osteoclastos acabam se partindo quando estão velhas e soltando cálcio na corrente sanguínea. Enquanto os osteoblatos fornecem novos minerais para a formação de novas estruturas.

Na Terra, esses dois processos agem juntos em uma pessoa saudável, fazendo assim com que o tecido seja destruído e construído na mesma proporção. Com o envelhecimento, a balança fica desregulada e os ossos mais fracos, acarretando assim na doença chamada osteoporose.

Infelizmente, uma estadia prolongada na microgravidade causa algo semelhante ao envelhecimento. A reação pode deixar os ossos de um astronauta tão fracos que, ao retornar para a Terra, eles talvez não suportem mais o próprio corpo da pessoa.

9. Problemas de visão

Provavelmente devido ao inchaço dos nervos ópticos e da mudança na estrutura dos olhos causada pelo espaço sideral, cerca de 60% dos cosmonautas da Estação Espacial Internacional possuem algum tipo de problema de vista. Ainda que não haja o risco de ficarem cegos, o efeito pode indiretamente envolvê-los em acidentes fatais.

10. Problemas mentais

O cosmo é muito estressante psicologicamente. Para enfrentá-lo, é preciso superar a microgravidade, fatiga e a falta de sono causada pela disfunção do ritmo circadiano. Além disso, ainda há o medo constante do resultado da viagem e todos os outros nove itens dessa lista.

Ainda que ninguém tenha tido uma crise psicológica no espaço, os cientistas sugerem que, quanto maior for o tempo da missão, maiores são as chances de que um astronauta sofra uma doença mental.

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