Conheça detalhes sobre a arte de engolir espadas

23/10/2015 às 12:512 min de leitura

Atualmente pode parecer uma besteira e algo sem muito apelo público, mas o fato é que, mesmo mais raros, ainda existem engolidores de espadas espalhados pelo mundo. Sim, é isso mesmo, e eles possuem inclusive uma organização, a Associação Internacional dos Engolidores de Espadas (Sword Swallowers Association International – SSAI).

Fundado em 2001, o grupo estima que atualmente existam apenas alguns engolidores profissionais de espadas em atividade. O fato é que há novos esforços no sentido de popularizar a “arte” e encorajar as pessoas jovens a praticá-la. Conforme a própria SSAI se descreve, é uma organização dedicada a interligar os últimos praticantes dessa atividade restantes no mundo, promovendo o diálogo entre eles, encorajando a prática segura e a divulgando ao redor do globo.

Hoje, o principal objetivo dos profissionais dessa prática é competir entre si com o intuito de bater recordes mundiais na categoria. Conforme o site Mother Nature Network listou, até setembro de 2015, algum dos recordes mundiais atualizados eram: a maior espada engolida, com 83 cm; o maior número de espadas engolidas ao mesmo tempo, sendo 52 por um homem e 24 por uma mulher; objeto mais pesado engolido, que se trata de uma britadeira de 83 kg; e até mesmo o “maior número de espadas engolidas por uma pessoa de cabeça para baixo suspensa por um helicóptero pairando sobre as Cataratas do Niágara”, que no caso é somente uma até o momento.

Bem, pode parecer um pouco bizarro, mas a atividade é séria e tem uma história milenar que já representou muito mais do que uma forma de entretenimento. Entretanto, como surgiu a arte de engolir espadas? E quais são os truques e os riscos que envolvem essa prática? Vejamos nos itens a seguir.

Histórico

A prática de engolir espadas teve origem por meio de um ritual religioso dominado por líderes espirituais na Índia, há cerca de 4 mil anos. Após passar às culturas grega e romana, a arte se espalhou pela Ásia Oriental. No século 13 chegou definitivamente à Europa, não mais como um ritual religioso, mas como um evento para entreter o público.

A comunidade científica medicinal também fez uso da técnica de engolir de espadas utilizando os praticantes da arte como cobaias no século 19. O responsável pelo experimento foi o Dr. Adolph Kussmal, em 1868, que usou as habilidades já adquiridas pelos engolidores para testar seu novo aparelho de endoscopia que era introduzido através da garganta. Os profissionais que dominam a técnica de engolir espadas ainda são requisitados atualmente para investigação de problemas relacionados ao esôfago e outras regiões do sistema digestivo.

Os truques e os riscos

Diferentemente dos truques dos mágicos, a arte de engolir espadas não tem segredos. Toda a atividade se baseia em uma técnica que deve ser treinada e aprimorada com a orientação de profissionais. Segundo o engolidor de espadas profissional Dan Meyer explicou à Time Magazine, o processo consiste em um relaxamento dos músculos presentes nos locais por onde a espada passa, desde a boca até o estômago. O aprendizado pode levar até seis anos de treinamento e prática para se obter sucesso ao colocar esses objetos “goela abaixo”.

Então, nunca é demais lembrar: jamais tente fazer isso em casa. Por mais que os casos de morte sejam raros, apenas 29 óbitos atribuídos ao ato de engolir espadas de 1880 até 2006, de acordo com o British Medical Journal, os riscos que envolvem a atividade são reais. Desde cortes menores na garganta até perfurações em órgãos como estômago, pulmões e coração são alguns dos danos já registrados pela prática não segura da arte.

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