Ciência alerta que supervulcões poderão afetar totalmente a vida na Terra

17/01/2014 às 10:292 min de leitura

A ciência informa: a erupção de um supervulcão – uma estrutura centenas de vezes mais poderosa do que um vulcão tradicional – poderia acabar com a civilização como a conhecemos, causando prejuízos maiores do que os cientistas haviam calculado anteriormente. O alerta vem de uma análise feita a partir do supervulcão dormente que se encontra sob o Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos.

Uma das principais novidades é que os pesquisadores descobriram que uma erupção pode acontecer mesmo sem a intervenção de fatores externos – como terremotos, por exemplo –, podendo ocorrer apenas a partir da pressão interna da estrutura. Anteriormente, os cientistas acreditavam que os supervulcões dependiam de fatores externos para que o magma pudesse escapar.

A última erupção de um supervulcão de que se tem registro ocorreu na região do Lago Toba, em Sumatra. Fonte da imagem: Shutterstock

Ameaça global

Os supervulcões representam a segunda pior catástrofe que poderia acometer a Terra, perdendo apenas para a colisão de um asteroide. Erupções vulcânicas que aconteceram no passado já dizimaram populações, alteraram as condições climáticas e impediram a passagem da luz do sol devido à quantidade de cinzas espalhadas no ar.

De acordo com o The Independent, estima-se que a última erupção de um supervulcão tenha ocorrido há 70 mil anos na região onde atualmente está localizado o Lago Toba, em Sumatra, na Indonésia. O fenômeno bloqueou o sol por um período de seis a oito anos e resultou em um resfriamento global que se estendeu por milhares de anos.

Acredita-se que o vulcão americano que acaba de ser analisado tenha entrado em erupção a 600 mil anos atrás, expelindo mais de mil quilômetros cúbicos de cinzas e lava na atmosfera. A previsão dos especialistas é que a erupção de um supervulcão nas condições atuais causaria um grande impacto na temperatura global, que cairia para 10 °C por uma década e alteraria drasticamente a vida na Terra.

Fonte da imagem: Shutterstock

Perigo adormecido

Os pesquisadores analisaram o magma da Caldeira de Yellowstone para verificar como o material se comportava em diferentes condições de temperatura e pressão. Com o auxílio de um equipamento importado da França, eles descobriram que a densidade do magma diminui consideravelmente com o aumento da temperatura e da pressão que ocorrem no solo.

Essas variações de densidade entre o magma e as rochas ao redor indicam que a lava depositada no interior da caldeira pode acumular força suficiente para escapar da superfície da Terra, permitindo a saída de material derretido e cinzas.

“Se o volume de magma for grande o suficiente, ele subirá à superfície e explodirá como uma garrafa de champagne ao ser aberta”, explica Jean-Philippe Perrillat, do Centro Nacional de Pesquisa Científica de Grenoble, na França.

Infelizmente, não existe nenhuma maneira de prevenir a catástrofe, mas os cientistas estão buscando uma maneira de monitorar a pressão do solo ao redor do magma constantemente para poder prever possíveis acontecimentos.

Para evitar alardes, Perrillat informa que não existem supervulcões conhecidos que tenham chances de entrar em erupção em um futuro próximo. Além disso, ele acredita que será preciso pelo menos uma década para que a pressão do magma dentro da caldeira possa aumentar a ponto de favorecer uma erupção.

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