Estudo diz que as pessoas mais velhas do mundo são geneticamente superiores

17/11/2014 às 05:512 min de leitura

Você já pode conferir aqui no Mega Curioso os casos de pessoas que alcançaram idades incríveis, como um cearense de 126 anos ou a chinesa que afirma ter 127! Qual será o segredo da longevidade dessas pessoas? De acordo com uma nova pesquisa, essa vida longa não se deve por alimentação adequada, exercícios ou um estilo de vida tranquilo, mas por genes superiores.

Segundo Jennifer Viegas, da Discovery News, pesquisadores sequenciaram o genoma de pessoas “supercentenárias”, ou seja, que têm mais de 110 anos de idade.

Após as avaliações, eles concluíram que esses indivíduos têm genes enriquecidos que promovem a longevidade. Porém, de qualquer forma, eles afirmaram que o componente principal da “fonte da juventude” dessas pessoas ainda permanece indefinido.

Estilo de vida conta?

O cearense Jose Aguinelo dos Santos, nascido em 1888

Bem, segundo a pesquisa, o estilo de vida levado pelos longevos quase não teve interferência no grande alcance da idade deles. "As escolhas de estilo de vida em termos de tabagismo, consumo de álcool, exercício ou dieta não parecem diferir entre centenários e participantes de controle", escreveu o pesquisador Hinco Gierman na revista PLOS One, onde o estudo foi publicado.

Vale esclarecer que os chamados participantes de “controle” referem-se a pessoas mais jovens que serviram para comparações.

E, se você for verificar, muitos desses centenários que vemos nas notícias dizem que fumam ou ainda bebem e também não deixam de apreciar uma comida mais gordurosa, embora todos digam que fazem isso com moderação  exceto o cearense de 126 anos, que diz que fuma um maço de cigarros por dia.

Processo de pesquisa

De acordo com a Discovery News, Hinco Gierman, do Departamento de Biologia de Desenvolvimento e Genética da Universidade de Stanford, e sua equipe limitaram a maioria de sua análise a 13 genomas de mulheres caucasianas, apenas para evitar outras grandes diferenças que possam existir entre os vários genomas.

Com as avaliações, os pesquisadores suspeitam que as pessoas com mais de 110 anos possam ser “enriquecidas por uma variante que altera uma proteína rara" e que conferem longevidade extrema. Uma possibilidade para esse efeito é um gene chamado TSHZ3, que mostrou a maior alteração no enriquecimento das variantes de proteína.

“Nós perseguimos esse gene ainda mais em um estudo que consiste de 99 genomas de indivíduos com idades entre 98 a 105 anos de idade. Descobrimos que o TSHZ3 carregava a alteração de proteína variante mais naqueles que viviam por um longo tempo do que no grupo de controle", disse o pesquisador.

Porém, segundo os pesquisadores, o efeito não era incrivelmente forte. Em vez disso, eles afirmaram que suspeitam que vários genes de alguma forma entram no processo.

Mais resultados

Outro resultado interessante do estudo foi que uma das supercentenárias tinha uma variante genética associada à com uma condição cardíaca bastante ruim. Algumas pessoas com esta alteração patogênica sofreram morte súbita cardíaca. Porém, claramente, isso não aconteceu com esta mulher, que chegou a uma idade bem madura.

Além disso, outro achado foi que o risco de câncer também parece ser diminuído para as supercentenárias. Uma ótima notícia para as velhinhas, visto também que há relatos de uma incidência de 19% de probabilidade de câncer nas pessoas mais velhas do mundo, em comparação com 49% da população normal.

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