Jason Moss: o rapaz que passou a se corresponder com serial killers e pirou

05/02/2015 às 07:033 min de leitura

Você já percebeu que algumas pessoas desenvolvem obsessões malucas? Pois, segundo Mike Cahill do site Viral Nova, esse é o caso de Jason Moss, um rapaz norte-americano que começou a se corresponder com alguns dos serial killers mais perigosos e prolíficos dos EUA e, anos mais tarde, isso teve um efeito terrível em sua vida.

Tudo começou em meados da década de 90, quando Jason, que tinha 18 anos e desejava ardentemente seguir carreira como agente do FBI, decidiu começar a trocar cartas com cinco assassinos famosos — Charles Manson, Richard Ramirez, Henry Lee Lucas, Jeffrey Dahmer e John Wayne Gacy — como parte de seu trabalho de conclusão de curso na Universidade de Nevada, em Las Vegas.

Projeto perigoso

John Wayne Gacy

A intenção do rapaz era a de ganhar a confiança dos serial killers e, com isso, quem sabe ajudar a solucionar alguns dos crimes que ainda estavam sendo investigados — bem como cair nas graças do pessoal do FBI. Assim, antes de começar, Jason fez extensivas pesquisas sobre as vidas e “carreiras” dos assassinos, e assumiu personalidades nas cartas que ele acreditava que pudessem despertar o interesse dos criminosos.

Surpreendentemente, Jason conseguiu o que desejava e efetivamente passou a se corresponder com os assassinos de sua lista, se fazendo passar por admirador, discípulo, candidato a substituto e vítima em potencial. Entretanto, dos cinco selecionados pelo rapaz, ele acabou estabelecendo uma relação mais próxima com Gacy.

Manipulação psicológica

Centenas de cartas

Nós aqui do Mega Curioso já falamos sobre esse serial killer aqui nesta matéria, mas, basicamente, no decorrer de seis anos, Gacy estuprou e matou ao menos 33 adolescentes e escondeu os corpos de todos eles no sótão de sua casa. Pois nas cartas que trocava com o assassino, Jason assumiu a personalidade de um jovem gay inseguro e ingênuo que podia ser facilmente manipulado — e estava convencido de que Gacy havia mordido a isca.

Durante o período em mantiveram contato, Jason e Gacy trocaram mais de 100 cartas, e o serial killer inclusive chegou a enviar ao rapaz instruções — algumas acompanhadas de desenhos explícitos — sobre atividades sexuais que o assassino queria que Jason levasse a cabo para agradá-lo. Após alguns meses de correspondência, os dois começaram a se falar todos os domingos por telefone, e quase sempre o assunto era sexo ou as fantasias de Gacy.

O encontro

Não demorou até que o serial killer convidasse Jason para visitá-lo na prisão, onde ele aguardava por sua execução — e o rapaz aceitou o convite. Chegando lá, o jovem foi conduzido até a sala na qual Gacy o aguardava e, em vez de a visita ser supervisionada, os guardas trancaram os dois lá dentro e, pior, Jason percebeu que a câmera de segurança estava apontada para a parede.

Uma vez sozinho com o jovem, Gacy deixou bem claro que era ele quem estava no comando da situação desde o começo, e que era ele quem havia manipulado Jason o tempo todo. Durante a visita, o criminoso humilhou e torturou o rapaz psicologicamente e, após ameaçá-lo fisicamente, disse que tinha o poder de matá-lo a qualquer momento. Além disso, Gacy claramente desejava fazer sexo com Jason e, por sorte, quando o assassino começou a ficar mais agitado, um guarda apareceu.

Experiência traumatizante

Depois disso, Jason cortou o contato com Gacy — e com seus outros “amigos” serial killers —, e algum tempo depois o assassino foi executado. Contudo, após essa experiência sinistra, Jason ficou tremendamente abalado e passou a acreditar que, de certa forma, ele era a última vítima de Gacy.

Com o objetivo de tentar assimilar e superar o trauma causado pelo contato com Gacy, Jason transformou sua história em um livro chamado “The Last Victim” (ou “A Última Vítima” em tradução livre). Contudo, o rapaz nunca se recuperou e, em 2006, infelizmente Jason cometeu suicídio.

Evidentemente, Jason não tinha nem a experiência ou a maturidade necessárias para lidar com mentes tão distorcidas como as dos serial killers que ele contatou e, apesar da boa intenção do projeto, acabou pagando caro demais por sua obsessão por esses assassinos perturbadores. Sem falar que, no fim das contas, Jason realmente se transformou na última vítima de um deles.

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