Conheça a história de Lala, o pinguim-rei que ia ao mercado no Japão

20/02/2016 às 08:552 min de leitura

Há algum tempo, várias matérias têm sido publicadas na internet a respeito de um pinguim que morava com uma família no Japão e tinha o peculiar hábito de ir sozinho ao mercado de peixes do bairro para buscar suas refeições. Infelizmente, hoje o pinguim já está morto, mas sua história é tão curiosa que resolvemos compartilhá-la aqui no MegaCurioso.

Em 1996, o programa Real TV (1996-2001) exibiu uma matéria que comoveu muita gente: a história de Lala, um pinguim-rei macho criado por uma família no Japão. A matéria – a que você pode assistir abaixo – mostrou como o animal fazia sozinho viagens até uma peixaria local em busca do almoço, normalmente composto de cavala ou sardinha. Ele ainda vestia uma mochila com formato de pinguim, que usava para trazer o jantar para casa.

No caminho de volta, Lala fazia um pit stop na casa de um vizinho para ganhar um banho refrescante. Se naquela época a internet fosse do jeito que é hoje, esse provavelmente seria o tipo de coisa que se tornaria viral no Facebook. Mas a história do pinguim começou muito antes disso e de uma forma bem mais fantástica.

Cerca de dez anos antes de a matéria ter ido ao ar, Yukio Nishimoto, patriarca da família, estava admirando um recém-comprado pinguim empalhado na casa de um amigo pescador, que trabalhava com pesca de arrastão de atum entre a África do Sul e a Austrália. Pouco tempo depois, ao recolher a rede de arrasto de seu barco, esse amigo puxou junto um pinguim-rei ferido e, em vez de lançar o animal de volta no mar, onde provavelmente seria devorado por tubarões, ele decidiu trazê-lo de presente para Yukio.

O pescador atou os tornozelos da ave a uma estrutura do barco e o alimentou diariamente por três meses com uma parte dos peixes que capturava, antes de regressar para o Japão. Quando voltou para casa, atracou na cidade de Shibushi – extremo sul da ilha de Kyushu – e levou o pinguim de presente para seu amigo, dizendo a Yukio que ele poderia empalhar o pássaro quando esse morresse. Obviamente, isso não aconteceu, pois logo todos os integrantes da família Nishimoto se afeiçoaram ao animal.

Eles tentaram devolver a criatura à natureza algum tempo depois, mas Lala se recusou a abandonar seu novo lar. O pinguim então ganhou um quarto com ar-condicionado, e a família fez um esquema com os proprietários de uma peixaria local para que seu bicho de estimação tivesse almoço e janta garantida todos os dias. Os Nishimoto também se preocuparam em colocar um espelho no cômodo da ave, para que ela acreditasse que não estava sozinha, pois muitos desses animais ficam abatidos em cativeiro por causa da solidão.

Que fim levou Lala, o pinguim-rei?

Depois da matéria, a família recebeu várias propostas de pessoas interessadas em comprar o pinguim, mas todas foram recusadas. Infelizmente, apesar de não termos encontrado provas concretas, é muito provável que Lala já tenha morrido. Quando foi adotado, em 1986, ele já tinha cerca de 4 anos, o que significa que no ano em que a matéria foi exibida, 1996, o pet dos Nishimoto já estava com 14 anos (ele estava com a família havia dez anos, diferente do que é dito no início da reportagem da Real TV).

Os pinguins-rei vivem em média 30 anos em seu habitat natural, mas Lala possuía esporos de mofo nos pulmões, o que talvez possa ter encurtado sua vida. Ainda assim, em 2011 houve um relato de que o animal ainda estava vivo e havia sobrevivido a um terremoto na região onde morava. Mas temos certeza de uma coisa relacionada ao fim do animal: Yukio garantiu que, quando Lala morresse, ele não seria empalhado, mas receberia um funeral apropriado.

Qual é o animal de estimação mais exótico que você já teve ou quis ter? Comente no Fórum do Mega Curioso

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