8 artefatos bizarros do passado

13/07/2013 às 06:394 min de leitura

A boa e velha questão do “Para que isto serve?” sempre foi um dos motes do desenvolvimento humano — desde as primeiras palavras que se aprendem quando criança. Bem, que tal uma chance de colocar a sua imaginação novamente a prova?

Abaixo há uma sequência um tanto quanto curiosa de artefatos que, embora fossem particularmente úteis em suas épocas, restam hoje apenas em museus — e talvez em alguns filmes de terror. Trata-se de um registro do que, hoje, é considerado como uma ingenuidade das pessoas que vieram antes — mostrando, por exemplo, que a medicina de hoje é um tanto menos errática do que já foi um dia.

Medidor de beleza

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Ao bater os olhos, é possível ter a impressão de que o invento acima é uma espécie de esboço da máscara sadomasoquista/tétrica utilizada no filme Hellraiser. Bem longe disso. Na verdade, trata-se do Beauty Micrometer, um aparelho de medição finamente projetado por Max Factor para avaliar imperfeições nos rostos das atrizes hollywoodianas da década de 1920.

Quem iria se sujeitar a uma averiguação tão bizarra? Praticamente qualquer atriz, mesmo entre as mais prestigiadas. Isso porque Factor era reconhecidamente um mago das maquiagens para cinema — constantemente reelaborando receitas conforme as condições de filmagem se alteravam, como temperatura das lâmpadas de estúdio.

Obstetric Phantom

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Eis uma ferramenta particularmente perturbadora aqui, mas também bastante útil — sobretudo durante o século XVIII. Essa curiosa ferramenta obstetrícia foi desenvolvida para ensinar médicos e parteiras, explorando complicações que eventualmente possam ocorrer durante o trabalho de parto — um bebê em posição atípica, por exemplo. Sim, é por isso que existe aquele feto-almofada ali, algo que não deveria nada para um filme de terror asiático.

Mortsafe

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Pode parecer um exagero hoje (bem, mais ou menos), mas, durante o século XIX, a preocupação com a integridade do corpo de entes queridos que viessem a falecer era bem considerável. Violadores de cadáveres? Não exatamente.

Vale lembrar que, à época, o treinamento médico era feito com cadáveres de prisioneiros sentenciados à morte — já que família alguma cederia de bom grado um falecido seu, já que se acreditava que um corpo incompleto jamais poderia ascender ao Céu. Ocorre, entretanto, que as penas de morte foram se tornando mais raras com o passar dos anos.

Restava apenas possibilidade, portanto: conseguir corpos de forma ilícita. Alguém lhe entregaria um cadáver fresco, você pagaria, e jamais faria qualquer pergunta. A melhor forma de garantir que um ente querido não acabaria servindo involuntariamente à ciência? Colocá-lo em uma dessas coisas aí.

Rolos de grama

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Hoje há várias formas bastante práticas de se aplainar um terreno — há empresas focadas especificamente nisso, de fato, todas com equipamento igualmente pesados e modernos. Entretanto, há algum tempo, garantir que o quintal não se parecesse com uma pista de MotoCross era uma incumbência do próprio morador.

Para isso existiam esses rolos aí em cima. Incrivelmente pesados e revestidos de concreto, eles poderiam ser tanto empurrados por uma pessoa quanto puxados por um trator. Na verdade, além de aplainar, eles ainda favoreciam o crescimento das sementes de grama, garantindo que todas fossem devidamente envolvidas pela terra.

Receptáculos de cabelo

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

É possível que, no início do século XX, alguém pudesse realmente passar mal ao ver aquela montoeira de cabelo tipicamente encontrada em um cabeleireiro ser varrida e jogada fora. Por quê? Oras, porque havia inúmeras aplicações para madeixas cortadas!

Prova disso é o utilitário acima. Trata-se, justamente, de um receptáculo para cabelo — utilizado por mulheres para depositar fios que caíssem enquanto os cabelos eram penteados. O conteúdo era utilizado para estofar travesseiros, confeccionar almofadas para alfinetes, entre várias outras utilidades.

Tanque de guerra falso

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Caso estivesse em frente ao artefato aí de cima, seria pouco provável que você pudesse confundi-lo com um tanque de guerra real. Entretanto, caso estivesse voando a uma altitude de milhares de pés acima da superfície, a chance de acreditar que o seu inimigo poderia possui uma tropa muito maior do que o esperado certamente seria grande.

O dummy tank acima foi desenvolvido e utilizado pelos aliados durante a Primeira Guerra Mundial. Havia dois objetivos principais: fazer parecer que há uma tropa muito maior (é claro) e conduzir o inimigo para onde se deseja, a fim de torná-lo um alvo mais fácil. A tática passou a adotar, posteriormente, tanques infláveis, algo que ainda hoje é utilizado por várias forças armadas — com exemplares que simulam até mesmo a leitura de calor de um tanque real.

Copo de antimônio

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

O que poderia ser melhor para a sua saúde do que uma bela dose de vinho tornado tóxico? Bem, essa era a ideia prevalecente durante o século XVIII, pelo menos. Ao colocar uma dose respeitável de vinho em um copo de antimônio (acima), o material passava a reagira com o ácido da bebida, gerando um purgante dos mais devastadores — do tipo que faz todos os fluídos estomacais e intestinais escaparem o mais rápido possível pela saída mais próxima.

Poderia ocorrer, é claro, de o vinho ser um pouco mais ácido do que se imaginava, o que quase invariavelmente culminaria em uma morte trágica — e devem ter sido muitas. Havia, de fato, uma variante ainda mais “curiosa” dessa técnica: uma pílula de antimônio. O material era engolido, quando então atravessava todo o sistema digestivo para, por fim, sair incólume pela via tradicional... E ele seria então utilizado novamente, sempre que necessário.

Matraca

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Antes do invento acima, os leprosos precisavam manter o degradante expediente de berrar “Impuro!” por onde passassem, a fim de alertar a população de sua presença. Com a invenção das matracas, entretanto, bastava sacudir o aparato, capaz de fazer um belo barulho — preservando as cordas vocais, pelo menos.

Mas havia um lado bastante positivo. Especula-se que o artefato servia também para que as almas mais generosas se aproximassem dos pobres sujeitos, a fim de lhes ajudar com alguma esmola.

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