NASA aposta em empresas privadas para minerar na Lua

10/02/2014 às 06:482 min de leitura

A NASA já tem parcerias de sucesso com empresas privadas para reabastecer a Estação Internacional Espacial. Agora, a agência espacial está buscando outras companhias para ajudá-la a explorar os recursos naturais da Lua, como o hélio 3 e metais raros.

Na sua mais recente iniciativa, revelada no final de janeiro, a agência espacial dos Estados Unidos está propondo que empresas privadas tirem proveito do amplo conhecimento da NASA, de seus engenheiros e do acesso às suas instalações para ajudar a projetar e construir robôs lunares.

Mas, ao contrário dos contratos da NASA com SpaceX e Orbital Sciences para entregar a carga para a Estação Internacional Espacial, a nova proposta não obteria nenhuma verba do governo norte-americano.

“Missões recentes na órbita da Lua revelaram evidências de água e outras substâncias interessantes sobre o solo lunar. Mas, para compreender a extensão e a acessibilidade desses recursos, precisamos chegar à superfície e explorá-la de perto. As capacidades de pouso lunar comercial poderiam contribuir para a perspectiva em utilizar esses recursos, permitindo atividades comerciais e de pesquisa”, explicou Jason Crusan, diretor de sistemas de exploração avançados da NASA.

Parcerias

Segundo o PHYS.ORG, em 2013 a NASA chegou a um acordo com a Bigelow Aerospace para desenvolver um envolvimento do setor comercial com a agência espacial, especialmente focado nos planos de construir uma base lunar. Fundada pelo bilionário dos EUA, Robert Bigelow, a empresa oferece módulos espaciais infláveis.

“Essas parcerias funcionam muito bem em órbita mais baixa”, disse Michael Gold, da empresa Bigelow, referindo-se aos contratos de reabastecimento na Estação Espacial Internacional.

"Não há nenhuma razão para que esse projeto não funcione tão bem na Lua. Além disso, neste ambiente austero (de orçamento), faz sentido para alavancar os investimentos e recursos do setor privado. É a melhor opção disponível para avançar, por falta de capital federal", disse ele.

De acordo com Gold, essa abordagem é mais barata do que uma missão espacial padrão totalmente paga pelo governo federal. "Eu acho que há um grande potencial comercial na Lua”, disse ele, citando as reservas significativas de hélio 3, o que é raro na Terra e que pode ser desenvolvido em um ambiente limpo ideal de combustível de energia para a fusão nuclear.

O solo lunar também é rico em minerais mais nobres da Terra, incluindo 17 elementos da tabela periódica que estão em um aumento de demanda atualmente, porque eles são muito utilizados em produtos eletrônicos.

"Há uma grande quantidade de oportunidades para uma grande variedade de empresas, não só na América, mas em todo o mundo", afirmou Gold. John Logsdon, ex-diretor do Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington, disse que essas parcerias privadas poderiam ser uma maneira de a NASA retornar com as missões à Lua sem violar a política do presidente que diz que eles não deveriam voltar.

Logsdon estava se referindo à decisão de Barack Obama, de 2010, em cancelar o programa criado por seu antecessor, George W. Bush, que planejava o retorno de americanos à Lua até 2020, antes de embarcar para Marte, mas foi considerado muito caro.

O chefe da NASA, Charles Bolden, disse no ano passado que sua agência não iria assumir a liderança em uma missão lunar tripulada, mas não descarta a possibilidade de participar de uma liderada por uma empresa privada ou por outro país.

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