A jovem que se recuperou da anorexia após ouvir que tinha 2 dias de vida

05/09/2016 às 04:243 min de leitura

Cazandra Zetterberg, uma jovem sueca de apenas 19 anos de idade, recebeu um diagnóstico nada animador: basicamente, ela tinha dois dias de vida. O motivo? Uma anorexia severa que a deixou pesando apenas 35 kg – devido ao baixo peso, a temperatura corporal de Cazandra atingiu assustadores 34 ºC.

Ao ouvir da equipe médica que seu corpo sucumbiria em questão de dias, a irmã mais nova de Cazandra, Izabelle, entrou em desespero. Foi nesse momento de extrema dor e sofrimento que a jovem decidiu lutar pela própria vida e voltar a comer.

O ano era 2013, e pouco tempo depois de voltar a se alimentar, Cazandra comemorava o ganho de mais de 20 kg, o suficiente para receber alta médica e voltar a ter uma vida normal. Hoje, após dois anos de recuperação, ela se prepara para trabalhar como nutricionista e personal trainer.

Volta por cima

Em declaração publicada no Daily Mail, Cazandra disse que o que fez diferença foi perceber que sua doença afetava os outros, e não apenas a ela mesma. Até então, ela se recusava a comer, mesmo com os apelos mais desesperados de seus pais – em determinados momentos, eles tentavam alimentá-la à força, mas não adiantava.

Quando foi internada, ela continuava se recusando a receber alimentos e qualquer tipo de tratamento – depois de uma semana sem comer absolutamente nada, sua mãe a levou ao hospital à força, mas mesmo assim ela ainda não queria aceitar ajuda.

Hoje, totalmente recuperada e muito melhor, Cazandra ainda não sabe por que sentia tanta necessidade de perder peso. Um de seus palpites é que a anorexia tenha se desenvolvido por causa de sua baixa autoestima: “Eu me sentia melhor a respeito de mim mesma quando eu perdia um pouco de peso”, disse ela.

Tempos difíceis

A partir daí, a obsessão ficou cada vez pior, e Cazandra contava cada caloria que ingeria, querendo sempre perder mais e mais peso. Por dois anos, sua vida foi voltada a preocupações com relação a dieta, peso e contagem de calorias – até o momento em que ela ouviu da boca de um médico que teria apenas mais dois dias de vida.

Imersa em sua preocupação irracional e incontrolável com o próprio peso, Cazandra se isolou dos amigos, da família e até da escola, já que simplesmente não conseguia prestar atenção nas aulas. “Eu acordava todos os dias e não queria levantar porque eu sabia que teria que comer”, revelou.

Além de não levantar para não precisar comer, Cazandra ficava em sua cama também porque não tinha mais energia e vivia tremendo de frio – sem contar as brigas diárias que tinha com os pais por causa de comida: “Era como se um demônio tomasse conta do meu corpo e eu não tinha controle sobre mim mesma”.

Resistência e força

Quando foi levada ao hospital depois de ficar uma semana sem comer nada, Cazandra passou a ser alimentada à força por meio de uma sonda e precisou ficar internada por três meses até receber alta.

Após perceber que sua doença estava prejudicando sua família inteira, Cazandra disse que se forçou a comer e a deixar de ouvir sua “voz interna”, que pedia que ela fizesse exatamente o contrário.

Tudo o que ela sentia era uma vontade imensa de vencer essa guerra entre o que ela precisava fazer e o que seu impulso anoréxico recomendava que ela fizesse.

Incentivo para ficar bem

“E eu ficava sempre pensando em minha irmãzinha e em minha família. Eu sabia que não queria que eles me vissem morrer. Eu me sinto muito melhor do que jamais sonhei”, disse ela, recuperada. Sobre sua alimentação, Cazandra diz que hoje come de tudo, sempre que quer, e que agora, finalmente, sente que recuperou sua vida.

A nova rotina da jovem inclui mais tempo ao lado da família e dos amigos, malhação, aulas de nutrição e preparo para ser personal trainer. Obviamente, ela ainda tem seus momentos ruins, mas sabe que, quando eles chegam, é importante se esforçar para afastá-los logo.

“Eu quero trabalhar com as minhas metas, e minha meta é ajudar os outros. Não importa pelo que eles tenham passado ou quais sejam os seus objetivos, eu acredito que posso ajudá-los por causa do que eu vivi”, finalizou.

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