É possível aprender a ser uma pessoa mais confiante e segura de si?

02/02/2017 às 09:112 min de leitura

É normal que as pessoas queiram ter mais confiança e, a partir daí, levar uma vida sem grandes problemas na hora de conversar, conhecer pessoas novas, falar em público, interagir bem em grupos diferentes de pessoas, fazer entrevistas de emprego e por aí vai.

O que nem sempre percebemos é que a forma como nos enxergamos é fundamental para o desenvolvimento da confiança que queremos. E é aí que entra a importância da famosa autoestima.

A autoestima conhecida como condicional é aquela que nos faz acreditar em nós mesmos “se” – por exemplo: “vou me sentir bem se conseguir perder um pouco de peso”. Nesse caso, você se sente bem apenas se os outros eventos acontecerem, apenas “se for promovido no trabalho” ou “se conseguir se sentir superior a alguém” – caso contrário, você não se sente bem consigo mesmo.

Cilada

Nesse tipo de autoestima, há uma perspectiva competitiva, como se você estivesse contra alguém, como se precisasse mostrar que é melhor ou que consegue ganhar alguma coisa. O problema aqui é que acabamos nos comparando a outras pessoas, o que nunca é um exercício justo e equilibrado – por causa disso, qualquer crítica construtiva é interpretada por nós como um ataque pessoal.

É justamente por causa desse fenômeno que as pessoas se sentem mais infelizes conforme passam mais tempo no Facebook, acompanhando a “vida perfeita” das outras pessoas – todo mundo curtindo praias, piscinas, cachorros fofos, comidas deliciosas...

A vontade constante de ser melhor e parecer melhor para os outros é, no final das contas, um exercício exaustivo. Essa autoestima condicional é bastante comum atualmente, em diversas culturas e sociedades – por causa dela, acabamos nos sentindo bem quando colocamos alguém para baixo. O problema é que essa sensação de bem-estar é efêmera e vazia.

Basear sua autoestima em fatores condicionais é uma forma de aumentar as chances de desenvolver depressão, ansiedade, estresse, problemas de saúde e de relacionamento, dificuldades no trabalho e uma série de outras desordens em termos de relacionamento social e pessoal.

 Melhor maneira

Por outro lado, no entanto, temos a autoestima incondicional, que é aquela que faz com que uma pessoa acredite nela mesma independente dos outros. Não se trata de ter um ego gigantesco ou de agir de maneira narcisista, mas sim de ter noção plena do próprio valor e de suas qualidades – vale lembrar que narcisistas têm autoestima condicional e precisam se sentir sempre superiores às outras pessoas.

Quando desenvolvemos uma autoestima incondicional, ficamos em paz conosco e com as outras pessoas, uma vez que não vivemos em função de nos comparar a elas e, por consequência, nos sentimos confortáveis em sermos como somos. Esse tipo de autoestima nos permite, por exemplo, ficar realmente feliz com o sucesso de outra pessoa, em vez de sentir aquela pontinha de inveja. Ela também nos ajuda a ouvir e aceitar críticas construtivas, que acabam nos fazendo bem em termos de crescimento pessoal.

Uma vez que você aprenda a desenvolver sua autoestima incondicional, vai se tornar uma pessoa mais confiante. O segredo é se policiar e, aos poucos, perceber seus sentimentos e pensamentos para que, nas mais diversas situações sociais, você não se sinta competindo com ninguém, mas apenas aprendendo com as experiências que a vida traz. Viver assim é mais fácil e melhor, a gente garante.

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