Cientistas desenvolvem primeira miniatura de cérebro humano em laboratório

28/08/2013 às 11:221 min de leitura

Como você sabe, existem cientistas trabalhando no desenvolvimento de diversas partes do corpo em laboratório, e várias estruturas — como orelhas, fígado, vasos sanguíneos e até o coração — inclusive já foram produzidas experimentalmente. Pois, agora, mais um órgão que pode entrar para essa lista é nada menos do que o cérebro, ou seja, o mais complexo do corpo humano.

Pesquisadores do Instituto de Biotecnologia Molecular da Academia Austríaca de Ciências conseguiram produzir o que eles chamam de “organoides cerebrais”, ou seja, microcérebros humanos contando com apenas alguns milímetros. No entanto, apesar de serem diminutas, essas estruturas apresentam as mesmas áreas que o cérebro de um embrião com nove semanas de desenvolvimento apresentaria.

Frankenstein

Fonte da imagem: Reprodução/Extreme Tech

Os organoides foram produzidos a partir de células-tronco colocadas em uma solução que posteriormente foi levada a um biorreator. A substância na qual as células foram embebidas imita o útero humano e, após algumas semanas nesse ambiente, essas estruturas começaram a se aglomerar formando microcérebros medindo entre 3 e 4 milímetros de diâmetro.

Segundo a publicação, cada organoide cerebral conta com regiões semelhantes às do cérebro humano nas primeiras fases do desenvolvimento embrionário, como o córtex e o hipocampo — área responsável pelo aprendizado —, e até mesmo uma retina pouco desenvolvida.

Só micro

Fonte da imagem: Reprodução/Extreme Tech

No momento, devido à dificuldade de fornecer constante fluxo sanguíneo aos organoides — problema recorrente de todas as estruturas produzidas em laboratório —, é impossível que os microcérebros aumentem de tamanho até chegarem às dimensões de um órgão desenvolvido.

No entanto, conforme explicaram os cientistas, embora sejam pequeninos, os organoides podem ajudar os pesquisadores a compreender melhor o desenvolvimento cerebral e o surgimento de alguns problemas neurológicos — como o autismo e a esquizofrenia, por exemplo —, além de oferecer novas possibilidades para a medicina regenerativa.

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