5 substâncias que melhoram o desempenho esportivo e que não são 'bombas'

24/01/2014 às 05:314 min de leitura

A lista de atletas acusados ​​de consumir drogas para melhorar o desempenho é grande. E não é só no halterofilismo ou em lutas que o uso de substâncias ilegais acontece. No futebol, no atletismo, na natação, no ciclismo, na ginástica artística, no basquete e em muitas outras modalidades, tanto profissionais quanto amadoras, o mesmo acontece.

Para garantir mais energia, força, resistência, ou mesmo para reduzir o peso para competições, muitos atletas arriscam a carreira fazendo uso desses medicamentos, que não são classificados como esteroides, mas que já fazem parte da lista de substâncias proibidas das comissões esportivas e são sujeitas a doping.  Confira abaixo cinco dessas drogas.

1 – Eritropoietina

Fonte da imagem: Reprodução/How Stuff Works

O uso da eritropoietina, ou EPO, faz com que a produção de glóbulos vermelhos do sangue se eleve, sem a necessidade de transfusões. Os rins produzem o hormônio naturalmente, mas ele passou a ser produzido sinteticamente em 1985, pela empresa de biotecnologia Amgen, a princípio para o tratamento de doentes renais.

Na década de 1990, porém, ciclistas e outros atletas de resistência descobriram que eles podiam treinar com mais intensidade se tomassem a droga regularmente. Porém, o consumo do medicamento oferece alguns riscos significativos.

Estudos têm demonstrado que ela aumenta o risco de acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e edema pulmonar. Uma teoria sugere que a droga engrossa o sangue ao ponto de se formarem coágulos fatais. Tais complicações podem ter contribuído para a morte de pelo menos 20 ciclistas nos anos 2000, aumentando a urgência de desenvolver um teste confiável para detectar EPO.

2 – Hormônio do crescimento

Fonte da imagem: Shutterstock

Tal como a EPO, o hormônio de crescimento humano (hGH) é produzido naturalmente no corpo. A glândula pituitária — que é do tamanho de uma ervilha e fica na base do cérebro — produz hGH para estimular o desenvolvimento nas crianças e nos adolescentes, e também para aumentar a massa muscular em adultos.

Em 1985, o hormônio passou a ser produzido sinteticamente, quando o FDA aprovou o seu uso para tratar um número de doenças que retardam o crescimento ou que causam degeneração muscular. A partir dessa época, a droga já passou a chamar a atenção dos atletas.

Eles achavam que ela poderia imitar os mesmos efeitos de fortalecimento muscular causados por esteroides anabolizantes. Os Jogos Olímpicos de 1996 foram chamados de "Jogos do hGH " por causa do uso excessivo da substância entre os concorrentes.

Hoje, os atletas obtêm hGH a partir de uma variedade de fontes: prescrição médica de uso para outros fins, “farmácias” online, sites de venda de drogas ilegais e clínicas que usam o hormônio para reverter os efeitos do envelhecimento. Existe até um mercado negro que coleta hGH de cadáveres humanos.

É uma aposta arriscada, especialmente considerando a falta de evidências científicas comprovadas de que o hGH realmente aumente o desempenho atlético. Além disso, os efeitos colaterais também existem, incluindo a dor das articulações, fraqueza muscular, retenção de líquidos, cardiomiopatia e hiperlipidemia (colesterol elevado).

3 – Bromantan

Fonte da imagem: Shutterstock

Assim como o hGH, o bromantan foi outra droga bastante utilizada pelos atletas nos Jogos Olímpicos de 1996. A substância é uma espécie de estimulante e agente de mascaramento combinados.

Vários russos tiveram testes positivos para a droga, que não era, na época, incluída na lista do Comitê Olímpico Internacional de substâncias proibidas. Isso não impediu que o COI desqualificasse vários atletas russos, tirando-lhes medalhas. E quais são os efeitos dessa droga?

Antes, temos uma historinha para contar. Os médicos do exército russo desenvolveram bromantan como um estimulante, sendo algo que poderia deixar os soldados e cosmonautas mais alertas, combatendo a fadiga. Isso chegou aos ouvidos dos atletas russos, que quiseram experimentar a substância e depois relataram que ela ajudou a realizar treinos intensos sem deixá-los exaustos.

Porém, algumas autoridades de antidoping acreditam que bromantan pode esconder o abuso de drogas mais graves, tais como os esteroides. Isto é conhecido como mascaramento, sendo apenas mais uma maneira que os atletas podem encontrar para enganar a comissão médica de competições.

4 – Efedrina

Fonte da imagem: Reprodução/How Stuff Works

Os atletas fazem o uso de estimulantes para melhorar a resistência, reduzir a fadiga e aumentar a agressividade. Além disso, aqueles que tentam se qualificar para alguma categoria baseada em pesos, como são os casos das lutas, recorrem aos estimulantes por sua capacidade de suprimir o apetite. Nesse último caso, o que vem à cabeça das pessoas são as anfetaminas, que geralmente requerem prescrição médica.

Entretanto, nem todos os estimulantes requerem a assinatura de um médico. Esse é o caso da efedrina, que está disponível como componente de muitos suplementos dietéticos, pois ela acelera o metabolismo, queimando gordura com o seu efeito termogênico.

Antigamente utilizada como descongestionante, antiespasmódico e outros fins médicos, a efedrina passou a ser proibida em alguns países, como o Brasil e os Estados Unidos, por causar forte dependência. Os atletas conseguem a substância no mercado negro para obter um impulso extra de energia, mesmo cientes de que a droga possa causar elevação da pressão, tonturas, além de falta de ar e arritmia cardíaca.

5 – Diuréticos

Fonte da imagem: Shutterstock

Os diuréticos têm sido utilizados pelos atletas por muito tempo como uma forma de mascarar o uso de esteroides. Um diurético é qualquer droga que afete a função renal, resultando num aumento da produção de urina.

A clortalidona, por exemplo, impede que os líquidos e sais sejam reabsorvidos nos túbulos renais e voltem para o sangue. Como resultado, mais água sai do corpo sem deixar muitos vestígios de esteroides. Já a acetazolamida funciona bloqueando a absorção de bicarbonato de sódio nos túbulos renais.

Em pacientes com certas condições, tais como doenças cardíacas, os diuréticos podem ajudar a controlar a pressão arterial alta e a retenção de líquidos. Mas os atletas que tomam esteroides anabolizantes usam os diuréticos para diluir a urina a fim de diminuir a concentração, tornando muito mais difícil de detectá-los.

Halterofilistas e lutadores utilizam os diuréticos para expelir grandes quantidades de líquido, o que os qualifica para competir em uma categoria de peso inferior. Em seguida, logo antes da competição, eles param de tomar os comprimidos para voltar ao seu peso de combate mais pesado, dando-lhes uma vantagem contra seus adversários.

Porém, muitos diuréticos também estão na lista de substâncias proibidas e, mesmo não sendo pegos pelo uso de esteroides, os atletas podem ser punidos pelo uso das drogas diuréticas.  Os efeitos colaterais são desidratação, tonturas e quedas de pressão.

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