Você teria coragem de assistir a uma craniotomia? [vídeo]

12/11/2014 às 10:002 min de leitura

Nós aqui do Mega Curioso já trouxemos para você diversas matérias mostrando procedimentos cirúrgicos, como foi o caso de uma cirurgia de prótese total de joelho e de transplante de coração. Pois hoje vamos mostrar para você um vídeo postado por Jesus Diaz do site Gizmodo contendo uma craniotomia completa. Preparado?

A cirurgia em questão foi realizada em uma senhora de 83 anos que sofreu um trauma na cabeça depois de cair de determinada altura. Segundo as informações que acompanham o vídeo, a paciente foi diagnosticada com 9 pontos na escala de coma de Glasgow — que mede o nível de consciência —, o que significa que seu trauma foi considerado no limite entre moderado e grave.

Além disso, ainda de acordo com as informações do vídeo, a mulher também apresentava a pupila esquerda fixa e com um diâmetro maior do que a direita — em uma condição conhecida como anisocoria —, e a tomografia revelou que a paciente apresentava uma hemorragia subdural aguda, herniação uncal lateral (esquerda) e pressão intracraniana severa.

Craniotomia descompressiva

Para solucionar o problema, os médicos realizaram uma craniotomia descompressiva para drenar a hemorragia. Essa cirurgia consiste em realizar uma incisão para remover a pele que cobre a cabeça, expor a parte óssea e abrir crânio — normalmente por meio do uso de broca e fio de Gigle. Assista o procedimento no vídeo a seguir:

O cérebro é protegido por algumas membranas — as meninges —, e uma delas é a dura-máter. Conforme você viu no vídeo, essa membrana foi cortada com uma tesoura, e logo os médicos chegaram a uma porção de sangue coagulado sobre o cérebro, que foi delicadamente removida. Em seguida, é possível ver qual é o vasinho responsável pela hemorragia, que foi cauterizado pelos cirurgiões para estacar o sangramento.

Depois disso, caso não exista nenhuma outra lesão cerebral aparente, todos esses tecidos são novamente fechados. Esse parece ter sido o caso da paciente do vídeo, já que aparentemente não havia mais nada comprimindo o cérebro dentro do arcabouço ósseo e os cirurgiões conseguiram diminuir a pressão intracerebral.

Sequelas

De acordo com o vídeo, o procedimento durou 3 horas e, embora não tenha ocorrido nenhuma complicação, a paciente ficou com algumas sequelas — como a parte direita do corpo paralisada — e, após um mês da cirurgia, ela iniciou um programa de reabilitação física.

Os hematomas — ou hemorragias — subdurais agudos normalmente ocorrem como resultados de fortes pancadas na cabeça, e estão entre as lesões cranianas mais mortais que existem. Isso se deve ao fato de o sangue se acumular rapidamente em uma área onde não há muito espaço, provocando uma compressão dos tecidos cerebrais. Em muitos casos, os pacientes acabam sofrendo danos irreversíveis que podem provocar a morte.

Em pessoas mais idosas as hemorragias subdurais podem ocorrer mesmo quando as pancadas não são tão fortes assim, e não é raro que elas despercebidas durante vários dias. Nesses casos, os hematomas são classificados como crônicos — sem falar que existe a possibilidade que eles ocorram espontaneamente.

Em todos os casos, os principais sintomas são a falta de equilíbrio, dificuldades para caminhar e falar, dor de cabeça, sensação de amortecimento em algumas partes do corpo, náusea, perda de consciência, fraqueza e distúrbios visuais. Esse tipo de hematoma é uma condição emergencial, e o paciente deve passar pela cirurgia acima para solucionar o problema.

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