Ouvir vozes que não existem não é algo tão incomum quanto você pensa

13/03/2015 às 06:462 min de leitura

Você já escutou vozes quando não há ninguém por perto? Ou mesmo alguém o chamando distantemente, só para você olhar para trás e constatar que ninguém de fato gritou por você? Apesar de isso ser um tanto assustador, não é algo tão incomum assim – muito pelo contrário. E antes que você se preocupe, não tem nada a ver com espíritos que ficam sussurrando nos seus ouvidos ou sinais de maluquice.

Os psicólogos costumavam dizer que esse é um indicativo de um distúrbio mental, porém aparentemente este pensamento está equivocado. De acordo com um novo estudo publicado no The Lancet Psychology, foi possível entender melhor esse fenômeno. Nele, 153 pessoas responderam um extenso questionário sobre o assunto, e os pesquisadores descobriram que existem variações no jeito que as pessoas escutam essas vozes.

Por exemplo, quando falamos em escutar esses sons, muitos imaginam pessoas esquizofrênicas que ouvem vozes raivosas dizendo para elas fazerem coisas ruins (algo bastante explorado em vários filmes). Mas de acordo com o estudo, essas vozes não são caracterizadas por personalidades distintas que tentam conversar com os seus ouvintes (em grande parte).

Essas vozes podem ser entendidas como variações dos diálogos internos que todos nós temos diariamente, quando pensamos se devemos fazer algo X ou Y, comprar isso ou aquilo – não são conversas exatamente. De fato, a pesquisadora Angela Woods constatou que 15% das pessoas que afirmaram escutar vozes não foram diagnosticadas com qualquer tipo de distúrbio psicológico.

As terapias ajudam bastante

As pessoas com essas condições dizem que às vezes as vozes são amigáveis, outras vezes nem tanto. Frequentemente, sessões de terapia podem ajudar as pessoas a entenderem essas falas internas e aprender a lidar com elas – talvez até banindo-as para o subconsciente. A questão é que existe um leque bem extenso de motivos e tipos de vozes que as pessoas escutam (sendo que muitos deles não seguem as definições comuns).

Woods e os outros pesquisadores acreditam que é preciso conversar com mais pessoas que escutam vozes para poder entender quais são exatamente essas experiências que elas vivenciam – e como podem ser tratadas quando for necessário.

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