Você pode guardar partes do corpo que são removidas após cirurgias?

29/05/2015 às 08:332 min de leitura

Pode parecer bizarro perguntar isso, mas é possível guardar partes do corpo após elas serem removidas em cirurgias? E o mais importante: o que acontece com essas partes que são retiradas? Esse pode não ser o questionamento rotineiro de grande parte das pessoas, porém certamente é importante – afinal, estamos falando do nosso próprio corpo.

Existem algumas histórias bizarras de comercialização de órgãos, como um homem que quis vender o próprio rim no Ebay (os lances passaram dos US$ 5 milhões de dólares). Contudo, logo o leilão foi fechado devido às leis antitráfico de órgãos. Um homem holandês chamado Leo Bonten também ficou conhecido ao transformar a perna amputada em um abajur e tentar vendê-la no Ebay – o leilão também foi barrado.

Os procedimentos comuns

Dois médicos cirurgiões responderam essas perguntas tão peculiares. O cirurgião plástico Houtan Chaboki diz que grande parte das pessoas que passa pelo consultório dele não está interessada em guardar qualquer lembrança do corpo antigo (e é justamente por isso que procuram por ele). Contudo, algumas solicitam ver as pequenas partes removidas antes de elas serem enviadas para análise ou incineradas (como verrugas).

Os tecidos eliminados durante as cirurgias e até mesmo as partes do corpo são coletados e depositados em laboratórios, de acordo com as leis federais de cada país. Existem algumas exceções, dependendo do caso e de decisões que cabem ao paciente. O material possui um tratamento especial – assim como o lixo hospitalar também recebe (ou supostamente deve receber).

Já o Dr. Allen Kamraya diz que os seus pacientes frequentemente perguntam para ele o que acontece com os órgãos que são removidos. O primeiro procedimento é redirecioná-los ao laboratório para análise. Por exemplo, quem foi baleado e passa por uma cirurgia de remoção do objeto nem sempre pode guardar a bala depois de ela ser retirada do corpo (a polícia pode exigi-la para investigação).

Em certos países, o laboratório de patologia também serve como um arquivo, registrando as cirurgias de cada paciente. Quando parte de um órgão é removido, como o cólon (região do intestino grosso), os médicos avaliam o item e depois o enviam ao laboratório, que é o responsável por estudá-lo e armazená-lo. Então não, você não pode pedir um pedaço do intestino para guardar em um pote em casa.

É claro que nem sempre essas partes do corpo são armazenadas. As placentas são incineradas por padrão, porém elas podem ser levadas para casa caso a paciente solicite. As pedras renais também podem ser guardadas pelo paciente, caso ele deseje – tudo depende do tipo de material retirado e da quantidade.

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