Dividir marido deixa a família mais rica e saudável, diz pesquisa

19/01/2016 às 11:182 min de leitura

Em tempos de amor livre, falar sobre poligamia não é exatamente algo que cause espanto, mas é curioso perceber como o conceito funciona em algumas culturas e, inclusive, é interpretado como absolutamente normal, dentro dos padrões de comportamento esperados, ainda que, em muitos casos, acabe colocando mulheres em situação de risco e vulnerabilidade.

Essa questão discriminatória em relação às mulheres tem a ver com o fato de que é o homem que tem mais de uma esposa nas culturas onde a poligamia existe, e não o contrário. Aliás, falando em um homem que se casa com mais de uma mulher, o termo correto é “poliginia”, e não “poligamia”.

Um estudo recente, divulgado pelo San Francisco Gate, revelou que esse tipo de relacionamento pode até mesmo apresentar benefícios, especialmente se considerarmos famílias que vivem em países pobres e com poucos recursos de alimentação.

A pesquisa foi conduzida por Monique Borgerhoff Mulder, antropóloga da University of California. Basicamente, Mulder coletou informações que a permitissem comparar relações monogâmicas com poligâmicas de 56 vilarejos do norte da Tanzânia, onde a fome e a seca são comuns e onde também a poligamia é praticada em determinados grupos étnicos.

O que ela percebeu foi curioso: em famílias poligâmicas, as condições de sobrevivência eram melhores. Nesses núcleos familiares, a antropóloga percebeu que as pessoas tinham mais acesso à comida, as crianças eram mais saudáveis, os rebanhos eram maiores e, inclusive, essas famílias tinham mais terra para o cultivo de alguns alimentos. Isso, claro, em comparação com famílias monogâmicas da mesma região.

Mas calma lá! Antes de você sair por aí defendendo a ideia da poligamia (ou da poliginia) ou procurando se casar com pessoas já casadas, vale o alerta de Mulder: esses benefícios, digamos assim, de dividir um marido precisam ser avaliados conforme contextos culturais, sociais e de localidade, é claro.

Outros estudos já comprovaram que, quando um homem se casa com mais de uma mulher, quem sai perdendo, em todos os sentidos, é sempre a mulher – por essa razão, o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas recomenda que a prática seja proibida. Os benefícios das pesquisas de Mulder devem ser levados em consideração, portanto, apenas para a região norte da Tanzânia.

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