Afinal, a Mona Lisa está ou não está sorrindo? A Ciência garante que está!

16/03/2017 às 05:012 min de leitura

Você não acha incrível que, mesmo depois de mais de 500 anos, o sorriso — ou não! — de Mona Lisa ainda desperte tanto fascínio? O quadro foi pintado por Leonardo da Vinci no início do século 16 e batizado pelo mestre como La Gioconda, e, desde então, existem debates sobre a enigmática expressão da mulher retratada pintura.

A famosa

Há quem não possua qualquer dúvida de que a Mona Lisa tem um sorrisinho maroto nos lábios, mas muitos historiadores e estudiosos — mais poéticos — garantem que seu rosto está mergulhado em uma tristeza intangível ou, ainda, que, dependendo de como observamos a pintura, a ambígua expressão da mulher se transforma em algo debochado e até sinistro.

Agora, na tentativa de determinar quais fatores influenciam a maneira como os seres humanos interpretam as expressões faciais, um grupo de pesquisadores na Alemanha conduziu um estudo que, segundo eles, revelou — sem sombra de dúvidas — que a misteriosa Mona Lisa está sorrindo e ponto-final.

Sorriso maroto

De acordo com Laura Geggel, do portal Live Science, os cientistas mostraram uma ilustração do quadro original para um pequeno grupo de pessoas, junto com oito versões editadas digitalmente, onde os cantos dos lábios de Mona Lisa aparecem mais ou menos voltados para cima e para baixo — simulando sorrisos mais evidentes ou expressões mais tristonhas.

Algumas das imagens editadas digitalmente

Os pesquisadores mostraram as imagens ao grupo em ordem aleatória 30 vezes e pediram que as pessoas descrevessem os semblantes. Segundo explicaram, tanto a imagem original como todas nas quais a Mona Lisa aparecia com uma expressão “positiva” foram percebidas pelos participantes do estudo como sendo felizes em 97% das exibições.

Os gráficos não mentem

Com relação às imagens com expressões “negativas”, os participantes não tiveram problemas em perceber o rosto de Mona Lisa como mostrando um semblante triste. Os pesquisadores inclusive realizaram um segundo teste, no qual exibiram oito imagens editadas digitalmente onde a mulher aparecia gradualmente mais triste e, novamente, os voluntários acertaram nas descrições — com exceção da ilustração original, que continuou sendo percebida como feliz.

Mona Lisa tristonha

Os cientistas também observaram que as versões com aspecto positivo foram reconhecidas mais depressa e com mais facilidade pelos voluntários do que as de aparência negativa, o que sugere que o nosso cérebro tem uma tendência natural em identificar expressões faciais positivas. Que bom!

O sorriso de Mona Lisa foi usado para que os pesquisadores pudessem avaliar quais fatores afetam a forma como julgamos estímulos visuais, como as expressões faciais, por exemplo. Os resultados apontaram que o nosso cérebro não se baseia em uma escala fixa de tristeza e felicidade.

Na verdade, o cérebro mapeia o campo da expressão facial e adequa a sua estimativa de acordo com o contexto e com base em memórias de experiências sensoriais anteriores — e entender como esse processo funciona pode ajudar os cientistas no estudo de transtornos psiquiátricos.

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