Placebo pode ser a forma de esquecer um amor que não deu certo

12/05/2017 às 04:532 min de leitura

Terminar um relacionamento é uma missão nem sempre muito simples, especialmente se um dos envolvidos ainda tem sentimentos pelo outro. Depois de um tempo com outra pessoa, como tirá-la da cabeça e fazer com que a fila ande? Você, leitor, tem alguma forma especial de lidar com términos? A neurociência parece ter.

A verdade é que a paixão produz efeitos cerebrais parecidos com os de algumas drogas, e acabar com esses efeitos todos não é exatamente uma tarefa fácil. Já que falar de amor é falar de reações químicas, podemos tentar usar alguns conselhos científicos na hora de superar aquele doloroso pé na bunda.

O Inverse divulgou os resultados de uma pesquisa conduzida por uma equipe de psicólogos e cientistas cognitivos da University of Colorado Boulder, e a novidade aqui é que a dor da rejeição pode ser curada com o já conhecido efeito placebo.

A pesquisa

Para chegarem a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram as reações de 40 pessoas que tinham levado um fora nos últimos seis meses. Os participantes precisaram levar para o estudo uma foto do seu ex-amor, e a ideia dos pesquisadores era descobrir se, ao olhar para a imagem, os participantes sentiam dor e, caso sentissem, se havia uma forma de enganar o cérebro, de modo que a dor diminuísse.

O primeiro passo foi descobrir se a dor emocional era realmente semelhante à dor física e, para isso, os participantes tiveram suas atividades cerebrais monitoradas enquanto viam as fotos de seus ex – os exames realizados foram os de ressonância magnética com contraste.

Os resultados dos testes mostraram que as regiões cerebrais ativadas quando as pessoas viam as fotos eram as mesmas quando elas sentiam algum tipo de dor física, comprovando que o sofrimento emocional desencadeia uma atividade cerebral semelhante à que produzimos quando temos dor física.

Placebo

A partir daí, veio o experimento com o placebo, pois cada voluntário recebeu um spray nasal – metade dos participantes foi informada de que o spray era, na verdade, um remédio poderoso contra a dor e que, inclusive, poderia reduzir a dor emocional. O resultado revelou que o spray placebo foi capaz, sim, de ter efeitos.

Depois do spray, os participantes passaram por mais exames de ressonância magnética, e aqueles que foram informados de que o produto tinha o poder de curar a dor tiveram menores atividades cerebrais ao olhar as fotos de seus ex. Além disso, notou-se que o placebo melhorou as atividades cerebrais do córtex pré-frontal dorsolateral, que é a região do cérebro responsável pelo controle emocional.

Esse tipo de estudo ainda exige complemento e não é conclusivo. De qualquer maneira, é curioso perceber como somos sugestionáveis a tratamentos de placebo e como nosso cérebro lida com a dor de um amor que não deu certo. Talvez um dia, quando terminarmos um relacionamento, a melhor coisa vai ser tomar um analgésico e esperar a dor passar. Até lá, ficam as recomendações de sempre: ligar para os amigos, comer brigadeiro, deixar de lado as redes sociais e conhecer as novas músicas da Beyoncé. Ajuda.

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