Como ter ou não irmãos afeta a estrutura do seu cérebro

16/05/2017 às 07:532 min de leitura

Quem tem irmãos costuma contar histórias a respeito da infância, das brigas, das confusões e dos momentos de cumplicidade. Em outras famílias, no entanto, a formação é diferente e não são raros os casais que têm apenas um filho. Será que crescer sendo filho único é algo que ajuda ou atrapalha?

Quem buscou as respostas para essa pergunta foram cientistas chineses, que chegaram à conclusão de que crescer sem irmãos pode alterar a estrutura cerebral de uma pessoa, deixando-a mais criativa, mas menos sociável.

Quando pesquisas sobre esse tema são realizadas, o enfoque geral gira em torno de fatores comportamentais, cognitivos e de traços de personalidade, afinal a experiência de “dividir” ou não a atenção dos pais com outro filho é um fator bastante importante na infância de toda criança.

Será que muda?

A nova pesquisa, realizada pela Southwest University in Chongqing, buscou descobrir se a diferença de comportamento tinha também uma base neurológica. Para isso, foram analisados os mais diversos ambientes familiares, para verificar o desenvolvimento cerebral das crianças de cada lar. A questão do filho único é ainda mais forte na China, onde o governo realizou intenso controle populacional entre 1979 e 2015.

Ao todo, 250 estudantes universitários tiveram seus cérebros monitorados e seus traços de personalidade avaliados, focando em questões como criatividade e inteligência.

O estudo revelou que filhos únicos são mais bem desenvolvidos do que aqueles que têm irmãos – pelo menos em termos como criatividade –, mas são pessoas consideradas menos agradáveis. Os exames cerebrais revelaram também que as partes do cérebro associadas ao desenvolvimento dessas características eram, de fato, diferentes entre quem tinha e quem não tinha irmãos.

Os filhos únicos tinham maior concentração de massa cinzenta no lobo parietal, que é uma parte do cérebro associada à flexibilidade mental e à imaginação. Essas mesmas crianças apresentavam traços menos sociáveis, em decorrência ao menor número de matéria cinzenta no córtex pré-frontal mediano, que é a região envolvida no pensamento sobre si e sobre as outras pessoas.

De acordo com os responsáveis pelo estudo, isso comprova que estruturas familiares diferentes em relação ao número de filhos que um casal tem afeta o desenvolvimento estrutural do cérebro das crianças e, por consequência, interfere na forma como elas se relacionam em sociedade. Você concorda?

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