Excesso de estímulos cerebrais pode prejudicar o DNA das células nervosas

28/03/2013 às 04:022 min de leitura

Essa é a desculpa que muita gente estava esperando para poder surtar sem julgamentos em épocas de provas, monografias, dissertações e afins. Parece que aquela dorzinha de cabeça causada por horas excessivas de estudo são provenientes de fatores além do cansaço.

Não quer dizer que estudar mata, mas uma pesquisa feita recentemente sugere que as mudanças ocorridas em nosso cérebro quando aprendemos algo novo podem, de fato, causar pequenos danos ao DNA de nossas células nervosas. Os estudos começaram com a finalidade de promover maior compreensão a respeito do Alzheimer, mas as descobertas foram além do que os cientistas esperavam.

Como assim?

Fonte da imagem: Pixabay

Esses danos costumam ser resolvidos por nosso organismo logo em seguida, mas, como nem sempre o cérebro age assim tão rapidamente, os cientistas trabalham com a hipótese de existir relação entre essas pequenas lesões e as patologias neurológicas mais sérias, como o Alzheimer, doença que era o foco inicial das pesquisas.

Os pesquisadores fizeram testes de memória e danos cerebrais em camundongos, que foram geneticamente induzidos a “imitar” algumas doenças relacionadas a perdas de memória e demência. Os agravos se tornavam maiores nos cérebros dos animais à medida que eles tinham novas tarefas a cumprir, como a exploração de diferentes ambientes.

Quebra de cadeia

Fonte da imagem: Pixabay

Esse dano cerebral é causado pelo que os cientistas chamam de “quebra de cadeia dupla”, que é quando um filamento de DNA é separado ao meio e dividido em duas partes. Entre as células dos ratos colocados em um ambiente com muitos estímulos visuais, 40% apresentaram danos em seu DNA.

Para comprovar o efeito, os pesquisadores testaram a atividade neural dos ratos com o envio estímulos luminosos enquanto eles estavam sedados. Percebeu-se, então, que o cérebro respondia ao estímulo da mesma maneira como quando os animais estavam despertos, ou seja, era realmente a atividade neural que estava prejudicando e até impedindo determinados comandos enviados pelo cérebro.

Prevenção

Fonte da imagem: Pixabay

A questão é: como as células nervosas podem apresentar danos em seu DNA se estão apenas fazendo aquilo que é seu trabalho? A resposta mais provável é que nosso corpo, quando processa altas atividades metabólicas, tende a criar radicais livres de oxigênio, fator que prejudica a estrutura do DNA. E isso é mais agravado em pacientes que já apresentam problemas de memória e demência.

Vale lembrar que a formação natural do nosso organismo consegue reparar esses danos genéticos em questão de um dia. Manter-se mentalmente ativo pode ajudar a prevenir doenças cerebrais que se apresentam conforme a idade chega.

Essas descobertas são, na verdade, mais significativas no tratamento de pacientes que sofrem do mal de Alzheimer. Não vale sair por aí reclamando que a quantidade de estímulos do dia a dia está afetando suas células nervosas, hein?

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