Cientistas descobrem que medos podem ser apagados da memória durante o sono

03/10/2013 às 09:352 min de leitura

Já vimos nesse artigo que existe uma série de medos bizarros com que as pessoas são obrigadas a conviver diariamente. Seja fobia de altura, de agulhas, de insetos ou qualquer outro tipo de pavor, ninguém merece ficar ansioso, se sentir mal ou até mesmo desmaiar por medo de alguma coisa.

A boa notícia é que os pesquisadores descobriram uma maneira de fazer com que esses medos não atinjam o indivíduo de maneira tão forte através da manipulação da memória das pessoas enquanto dormem, conforme mostra o portal New Scientist.

O estudo sugere que pode existir uma solução menos estressante do que as terapias tradicionais, que costumam colocar a pessoa diante do seu medo para que, aos poucos, ela possa ir se adaptando e aprendendo a lidar com a situação.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

O sono e a memória

Sabemos que o sono é fundamental para o processamento da memória. Todas as noites, os acontecimentos do dia são repetidos no nosso cérebro durante o sono como uma maneira de consolidar as memórias. Nesse sentido, a pesquisadora Katherina Hauner e sua equipe da Northwestern University, em Chicago, nos Estados Unidos, mostraram que é possível alcançar memórias específicas e apagá-las (ou sobrescrevê-las) durante esse processo.

Diversos testes foram realizados e mostraram resultados positivos na “diminuição” das fobias. Para isso, os voluntários da pesquisa foram condicionados a sentir medo quando expostos a determinados cheiros e algumas imagens.

Durante o sono, os mesmos cheiros foram liberados e os voluntários se depararam com as mesmas imagens assim que acordaram. Nos dois casos, as reações de medo – que podem ser medidas através das amígdalas cerebelosas e das alterações da pele – diminuíram. Já o grupo de controle passou pelo mesmo condicionamento, mas, em vez de dormir, assistiu a um filme, e continuou demonstrando pavor dos cheiros e das imagens na segunda etapa do teste.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Uma dose de aprendizado

Para tentar entender o que ocorria no cérebro das pessoas, os cientistas fizeram imagens cerebrais antes e depois do sono. Eles notaram que a atividade cerebral é completamente diferente nos dois casos, o que pode indicar a ocorrência de algum tipo de aprendizado durante o sono.

Apesar de mostrar resultados interessantes, a pesquisadora e sua equipe acreditam que é preciso aprofundar o trabalho. O medo causado pelo choque elétrico – que foi o método utilizado durante os testes – é mínimo se comparado às reações associadas a maior parte das fobias ou acontecimentos traumáticos.

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