História do leitor: a difícil realidade de um inventor no Brasil

20/01/2016 às 07:172 min de leitura

Ao longo da história da humanidade, as invenções têm um papel importantíssimo. Afinal, praticamente tudo que com o que você tem contato diariamente, um dia, ainda era apenas uma ideia na cabeça de uma pessoa comum. Aqui no Mega Curioso gostamos muito das criações e histórias dos mais variados inventores do mundo. Se você fizer uma busca em nosso site, vai encontrar acidentes que deram certo, bizarrices desnecessárias e grandes ideias antigas populares até hoje.

Sobre isso, um de nossos leitores, o Paulo Gannam, é um inventor e nos enviou a sua história. Formado em Jornalismo, há aproximadamente 5 anos ele iniciou sua caminhada pela trilha das criações. Entre várias ideias e tentativas de tirá-las do papel, ele conta que teve muitas dificuldades ao longo desse período. Pesquisas e conversas com pessoas ligadas à área de propriedade intelectual o fizeram dar prioridade a quatro projetos que, atualmente, ele aguarda para conseguir o registro de patente.

Inventor, Paulo Gannam luta para viabilizar suas ideias

Estudado no assunto e buscando seu lugar ao sol como inventor, Gannam nos conta como o processo de registro é complicado e leva, em média, 10 anos para ser concluído — tempo que pode ser suficiente para que a sua ideia perca a utilidade. “Por isso, na maior parte dos casos, o melhor caminho é não aguardar a carta-patente ser concedida para lançar o produto no mercado”, ressalta o criador.

Gannam ainda comenta que é permitido pela legislação brasileira, por meio de um contrato, que o inventor consiga uma licença para a exploração de sua patente. Ou seja, todo o investimento e o trabalho são feitos na expectativa de que o registro seja emitido.Encara-se o investimento como um risco, bolam-se estratégias e empreendem-se esforços jurídicos e comerciais tanto para o caso de a carta-patente ser concedida como para o caso de ela ser negada”, explica.

Entre outras dificuldades, o jornalista cita a falta de apoio e de programas governamentais, bem como as limitações impostas aos criadores pela legislação no Brasil. No entanto, ele aponta como a maior complicação o dilema com o qual o inventor se depara: esperar que alguém compre a sua ideia ou decidir ser empreendedor e dar prosseguimento ao processo de maneira autônoma.

Paulo segura o protótipo de uma de suas criações: comunicador offline entre veículos automotivos

No segundo caso, a pessoa precisa acreditar e lutar para provar que a sua criação é realmente rentável e pode ajudar a sociedade de alguma forma. Nesse sentido, Paulo Gannam resolveu encarar a luta sozinho, apostando nos seus projetos e os mostrando ao mundo. Depois de um difícil trabalho para encontrar um desenvolvedor de confiança, ele conseguiu dar continuidade a algumas de suas ideias.

Projetos

Uma das criações desenvolvidas por Paulo é o sensor de estacionamento lateral para automóveis. A ideia busca uma forma de ajudar as pessoas a evitarem o choque das rodas com o meio-fio, função que não é realizada pelos aparelhos semelhantes existentes atualmente. No vídeo abaixo, ele aparece em um programa explicando como funciona o dispositivo. Gannam conseguiu desenvolver um protótipo deste sensor. Clique aqui para ver o aparelho em funcionamento.

Entre as outras criações de Paulo que aguardam para serem registradas, estão um sistema de simples comunicação offline entre veículos automotivos, que busca melhorar o trânsito; uma lixa de unhas 3 em 1, que, além de desempenhar a função principal, ainda permite lixar a superfície das unhas e dá brilho; e, por fim, um protetor de dedos para ajudar as pessoas que roem as unhas.

Você já teve uma grande ideia para desenvolver um produto? Conte pra gente como foi no Fórum do Mega Curioso

Fonte
Imagem

Últimas novidades em Ciência

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos
  • Logo TecMundo

Pesquisas anteriores: