Como é que o Vaticano reconhece os santos e seus milagres?

15/07/2013 às 12:272 min de leitura

Recentemente publicamos aqui no Mega Curioso uma matéria sobre alguns fenômenos inexplicáveis envolvendo figuras religiosas que o Vaticano reconhece como sendo milagres. No entanto, como é que a Igreja Católica decide o que é um milagre e como esse processo de reconhecimento funciona?

Evidentemente, os milagres são realizados por santos, portanto, primeiro é necessário que o Vaticano reconheça o autor da ação divina. Contudo, de acordo com o site Live Science, o caminho para a “santidade oficial” é bem longo e burocrático, envolvendo uma série de etapas e anos de deliberações.

Candidato a santo

Fonte da imagem: pixabay

Resumidamente, para a Igreja os santos são pessoas que estão no céu e são capazes de atender às preces dos fiéis e interceder por eles junto a Deus. E para determinar quem é santo mesmo ou não é que os milagres entram em cena, já que eles servem como prova de santidade.

Assim, o processo de reconhecimento de um santo começa com uma detalhada — e exaustiva — investigação sobre a vida do “candidato”, e só depois de comprovar a sua virtuosidade e que ele tenha realizado pelo menos dois milagres após a sua morte é que esse indivíduo é reconhecido como santo. Entretanto, como existem milhares de alegações sobre supostos milagres, esses eventos precisam ser analisados com bastante cuidado.

Milagre!

Fonte da imagem: pixabay

O procedimento para determinar um milagre conta com séculos de história e envolve a investigação por parte de uma comissão formada por teólogos e cientistas especializados. Segundo a Igreja, quase a totalidade dos supostos milagres estão relacionados à cura de alguma doença grave; para que a recuperação seja qualificada como divina, primeiro o doente precisa ter sido desenganado pelos médicos e, depois, completamente curado.

Além disso, a cura deve ocorrer de forma espontânea e imediata, e nenhum médico ou especialista pode encontrar uma explicação possível para o fenômeno. E mais: o doente precisa ter pedido pela intercessão de um único santo, para que não haja confusão sobre quem realizou o milagre!

Tradição

Fonte da imagem: pixabay

Foi somente a partir de 1531 que a “prova dos milagres” passou a fazer parte do processo de reconhecimento da Igreja, e as regras voltaram a ser alteradas pelo Papa João Paulo II, que facilitou a vida dos candidatos e reduziu o número de milagres oficiais de três para dois. Em contrapartida, graças aos avanços científicos tecnológicos, mais e mais fenômenos divinos acabaram sendo explicados, mudando um pouco os critérios da decisão.

Assim, apesar de os milagres ainda serem tecnicamente necessários para qualificar um candidato como santo oficial, eles acabaram perdendo um pouco a sua força. Em vez disso, hoje em dia a “santidade” em vida — que serviu para inspirar e ajudar os fiéis enquanto o candidato ainda estava entre nós — acabou se tornando um importante fator de influência na decisão do Vaticano.

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