DIU: quais são os riscos e os benefícios desse método anticoncepcional?

25/08/2017 às 12:333 min de leitura

Você já deve ter ouvido falar a respeito do DIU, não é mesmo? De modo geral, essa sigla significa “dispositivo intrauterino” e se refere a um pequeno artefato de plástico flexível em forma de “T” que, como o próprio nome sugere, é introduzido no útero com o objetivo de prevenir a gravidez. Apesar de existirem várias marcas de DIU no mercado, eles, basicamente, se dividem em dois tipos: os que contêm um fio de cobre e os com hormônios — e que, tecnicamente, são conhecidos pela sigla SIU.

Como eles funcionam?

Tantos os DIUs como os SIUs funcionam, primariamente, por interferir na forma como os espermatozoides se movimentam através do útero, impedindo que essas células cheguem até os óvulos e os fertilizem. Além disso, caso a fertilização ocorra, a presença dos dispositivos evita que o óvulo fecundado se implante na parede uterina e se desenvolva. Mas isso não é tudo!

Dispositivos hormonais e de cobre (Carafem)

No caso dos dispositivos contendo cobre, depois de serem introduzidos no útero, eles começam a liberar íons desse elemento no interior do órgão, provocando uma reação inflamatória que, além de dificultar ainda mais a progressão dos espermatozoides, impossibilita a sua sobrevivência. Os DIUs não possuem hormônios, portanto sua ação é localizada, e sua eficácia tem duração que pode variar entre 5 e 10 anos.

Os SIUs têm ação mecânica semelhante à dos DIUs, ou seja, eles também dificultam a movimentação dos espermatozoides no interior do útero e impedem que, em caso de fertilização do óvulo, ele se instale na parede uterina. A diferença é que os SIUs possuem um pequeno reservatório contendo um hormônio chamado progestagênio que vai sendo liberado de forma contínua e em baixas doses.

Método anticoncepcional supereficaz (Man Repeller)

Essa substância torna o muco cervical — uma mucosidade consistente que se forma ao final da menstruação — mais espesso, o que dificulta a passagem dos espermatozoides através do colo do útero, além de tornar o revestimento das paredes uterinas mais fino e também evitar a ovulação. A duração desses dispositivos gira em torno dos 3 e 5 anos, e tanto os DIUs como os SIUs oferecem um índice de proteção de 99,2% a 99,8% contra gestações indesejadas, o que significa que menos de uma mulher em cada 100 que usa esse método anticoncepcional engravida.

Como eles são colocados?

Antes de optar por adotar o dispositivo intrauterino como método anticoncepcional, é bom ter uma boa conversa com o ginecologista, já que existem algumas restrições de uso, assim como efeitos colaterais — sobre os quais vamos falar brevemente logo mais — que devem ser considerados.

Pequenininho (Greatist)

A colocação do dispositivo é bastante simples e é feita pelo médico em consultório mesmo. Quando necessário, o ginecologista pode aplicar pequenas doses de anestésico no colo do útero, e as mulheres podem sentir uma leve cólica e notar um leve de sangramento nos dois primeiros dias após o procedimento. É recomendado que as relações sexuais sejam suspensas nas primeiras 24 horas, assim como a introdução de absorventes internos e outros objetos.

Além disso, o médico ensinará a paciente a tocar o fio do dispositivo para que ela saiba reconhecer o aparatinho e, assim, conferir sozinha depois se ele continua no lugar após cada menstruação. Então, entre 4 e 6 semanas após ter o dispositivo inserido, a mulher deve fazer um retorno para que o ginecologista comprove que está tudo certinho e que o DIU (ou SIU) se encontra onde deveria.

Vale ressaltar que se o fiozinho “desaparecer”, isso não significa necessariamente que o dispositivo foi expelido durante a menstruação — sim, isso pode acontecer. Pode ocorrer de o fio estar enroladinho ao redor do colo do útero, dificultando a sua localização, ou, ainda, que ele entre através do canal uterino. Nesses casos, é importante adotar um método contraceptivo temporário para evitar acidentes e ir ao médico para se certificar de que o dispositivo se encontra no lugar.

Vantagens e desvantagens

Além de serem muito eficazes, outra vantagem dos dispositivos intrauterinos é que as usuárias não precisam se preocupar em tomar a pílula — nem com as consequências de se esquecerem das benditas! Ademais, os de cobre ainda funcionam como medida de emergência contra uma gravidez indesejada, uma vez que podem ser inseridos no útero até 5 dias após uma mulher ter relações sexuais sem usar métodos de proteção.

Muitas vantagens — e algumas desvantagens também (Slate)

Outro benefício é que, como existe a opção de escolher entre dispositivos com ou sem hormônio, quem tem intolerância a essa substância, sofre de alguns problemas de saúde — como tromboses e problemas arteriais — ou simplesmente prefere não fazer uso desse composto pode optar pela colocação do DIU de cobre. Mais uma vantagem é que, caso a mulher deseje engravidar, basta ir ao médico e remover o aparatinho.

Além disso, especialmente no caso dos SIUs, o dispositivo pode diminuir o fluxo menstrual e a ocorrência de cólicas, reduzir o risco de desenvolvimento do câncer endometrial e da hiperplasia do endométrio (proliferação excessiva das células do endométrio), bem como ajudar nos casos de endometriose.

Converse com o seu médico para decidir qual é o método mais indicado para o seu caso (Dr. Abraham González Rodríguez)

Por outro lado, existem mulheres que, no caso do dispositivo hormonal, reagem à substância que ele libera e podem apresentar dores de cabeça, notar o surgimento de acne e aumento na sensibilidade das mamas. E, especialmente no caso dos dispositivos de cobre, os aparatos podem aumentar o fluxo e a duração do sangramento menstrual, provocar ciclos irregulares e o surgimento de cólicas.

Por último, é importante ter em mente que os dispositivos intrauterinos servem apenas como método contraceptivo e não impedem a infecção de doenças sexualmente transmissíveis, portanto eles não substituem o uso de preservativos.

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