Sexo frágil: afinal, quem vive mais, os homens ou as mulheres?

26/06/2013 às 11:072 min de leitura

Caso você não saiba, o homem nascido no século 19 que chegou mais longe nos dias atuais — o japonês Jiroemon Kimura — faleceu aos 116 anos de idade. Todos os demais nascidos naquele século já se foram. Contudo, algumas mulheres dessa época continuam por aí e, de acordo com o Guinness Book, a pessoa mais velha do mundo atualmente é a japonesa Misao Okawa, com 115 anos.

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E Misao não é a única, pois, até onde se sabe, existem registros de pelo menos outras quatro mulheres — duas no Reino Unido, uma nos EUA e outra no Japão — que também nasceram no século 19. Aliás, de acordo com o site npr, o fato de as pessoas mais velhas do planeta serem todas do sexo feminino não é nenhuma surpresa, pois, segundo diversas pesquisas, as mulheres vivem mais do que os homens.

E mais: elas não só vivem por mais tempo, como também batem os homens no quesito mortalidade em qualquer faixa etária. Assim, entre os bebês, são as meninas as que mais “vingam”; na infância, também são elas as que saem na frente, e a mesma tendência pode ser observada entre os adolescentes, adultos, maduros e idosos. Mas... por quê?

Meninos e meninas

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De acordo com um estudo realizado por Barbara B. Kalben, entre os fetos, embora mais meninos sejam concebidos — de 107 a 170 para cada 100 meninas —, a verdade é que a proporção de meninos natimortos é de 111 a 160 para cada 100 meninas na mesma situação. Já entre os bebês, essa curiosa propensão persiste, e embora nasçam mais homens do que mulheres, a “superioridade” feminina continua a ser observada da infância até a juventude.

Nessa fase, são muitos os aspectos que colaboram para que as meninas continuem tendo vantagem: é durante essa época que os rapazes se envolvem mais em brigas, sofrem acidentes, vão para as guerras etc. Não que as garotas não façam essas coisas também, mas a proporção é bem menor!

Já na fase adulta, apesar de a mortalidade entre os homens se manter relativamente constante — e mais alta do que a das mulheres —, na faixa dos 50 anos ocorre um drástico aumento, especialmente relacionado a causas como ferimentos e a doenças como o câncer, cirrose, enfisemas e problemas cardíacos. E, como já sabemos, na velhice também são elas as que prevalecem.

Sexo frágil: de quem é a culpa?

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Mas, então, qual seria a causa de as mulheres viverem mais do que os homens? Obviamente, existem várias diferenças comportamentais e culturais que podem contribuir para isso, além de aspectos anatômicos e biológicos. Afinal, os homens fumam mais, consomem mais drogas, se arriscam mais, apresentam rotinas alimentares e de sono mais irregulares, se expõem mais e são mais violentos.

A razão desse comportamento talvez possa ser atribuída à testosterona e à genética. Além disso, não podemos deixar de apontar que os homens também são maiores do que as mulheres e, estatística e biologicamente falando, animais maiores de uma mesma espécie tendem a morrer mais cedo do que os menores.

Contudo, a estatística — ao longo de toda a vida de homens e mulheres, desde a concepção até a velhice — comprova com números claros que masculinidade é sinônimo de fragilidade, e que no fim das contas, quando o tema é sobreviver, já sabemos que as mulheres não são o sexo mais frágil, não!

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