Estudo aponta que papel de comprovantes bancários pode ser tóxico

28/02/2014 às 06:242 min de leitura

Sabe aqueles recibinhos que recebemos depois de transações com cartões de débito e crédito ou, ainda, quando sacamos extratos bancários nos caixas eletrônicos? Pois esses comprovantes — assim como os que recebemos em supermercados, lojas etc. — são impressos em papel térmico — material que contém uma substância química chamada bisfenol A (ou BPA) e cujo manuseio pode contaminar os humanos.

De acordo com a Reuters, a exposição ao bisfenol A já havia sido relacionada a diversos problemas de saúde, incluindo impactos nas funções reprodutivas em adultos e no desenvolvimento cerebral de bebês durante a gestação. O BPA é quimicamente parecido ao estrogênio, e os cientistas acreditam que ele possa “imitar” o efeito desse hormônio no organismo.

Fonte da imagem: Reprodução/The Source Brasil

Além do papel térmico, a substância também é usada na fabricação de objetos de plástico rígido e transparente — como mamadeiras, por exemplo — e no revestimento de latas de alumínio para alimentos. A principal forma de exposição conhecida ao bisfenol A, portanto, ocorria através da ingestão de produtos contaminados, tanto que você já deve ter ouvido a recomendação de não comer nada diretamente de latinhas. A comercialização de mamadeiras contendo BPA também foi banida, e a proibição entrou em vigor no Brasil em 2012.

Alerta

Fonte da imagem: Reprodução/Daily Mail

Agora, um estudo conduzido por pesquisadores do Cincinnati Children`s Hospital Medical Center de Ohio, nos EUA, apontou que o BPA presente em recibos e comprovantes pode ser absorvido pela pele também. A equipe — liderada pela Dra. Shelley Ehrlich — recrutou 24 voluntários que se submeteram a exames de urina após manipular recibos impressos em papel térmico durante um período de duas horas, com e sem luvas de proteção.

Ao início do experimento, os exames detectaram a presença de BPA em 83% dos participantes, e em 100% dos que manusearam os recibos sem usar luvas após o período de duas horas. Já os voluntários que usaram proteção nas mãos durante o estudo não apresentaram mudanças na concentração da substância na urina.

Os pesquisadores ainda precisam determinar as implicações da descoberta, e alertaram que pessoas que trabalham em contato constante com papel térmico — como caixas de estabelecimentos comerciais e bancários — talvez devam considerar tomar algumas precauções, especialmente no caso de grávidas e lactantes. Já para quem não manipula esses materiais rotineiramente, a sugestão é a de lavar as mãos após o contato.

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