Ficção vs. realidade: você sabe quanto açúcar consome todos os dias?

09/04/2015 às 04:432 min de leitura

Chocolates, bombons, sobremesas, balas, bolachas, refrigerantes... Enfim, todas essas delícias adocicadas podem fazer um mal danado à saúde, principalmente se consumidos em excesso. Provavelmente você já sabe disso, mas será que reconhece a quantia diária de açúcar que costuma ingerir?

Segundo pesquisa divulgada pelo site Dailymail, os cientistas descobriram que existe uma desproporção muito grande entre a quantidade de glicose que uma pessoa obesa consome e o tanto que ela pensa comer. Na verdade, elas não aceitam que estão exagerando nos doces, mesmo sabendo que estão acima do peso.

Realidade e ficção

Para realizar a avaliação, uma equipe de pesquisadores formada por participantes da universidade de Reading e da universidade do Estado do Arizona comparou a ingestão de açúcar de 1,7 mil habitantes do condado de Norfolk, no Reino Unido. Nos testes, eles compararam dois métodos: quantidade de  informada pelos participantes e nível de glicose presente nas amostras de urina.

Dentro do período de três anos, os voluntários passaram por exames para medir o índice de massa corpórea (IMC). Foi descoberto que aqueles que realmente ingeriam mais doces, comprovados pelo teste de urina, estavam 54% mais suscetíveis a serem obesos do que aqueles que comiam quantidades menores.

Entretanto, ainda assim os participantes acima do peso costumavam deturpar a quantidade de açúcares que consumiam. Por sua vez, os indivíduos que declaram estar comendo mais guloseimas, na verdade estavam 44% menos predispostos a serem obesos do que aqueles que informaram ingerir quantias menores.

Dessa maneira, a pesquisa ajudou a comprovar a ligação entre açúcares e obesidade, além de levantar questionamentos sobre a veracidade dos questionários médicos sobre o assunto. Afinal, se o paciente não está sendo sincero, o doutor também pode se enganar na hora de avaliar os fatos.

A briga dos doces

O doutor Gunter Kuhnle, especialista em nutrição na Universidade de Reading, afirmou que sempre houve discussões sobre a influência do açúcar e a obesidade, sendo que alguns médicos defendem que os doces não engordam.

“Essa afirmação é baseada nos estudos que mostram que as pessoas que consomem maiores quantidades de guloseimas não são mais pesadas do que as outras. Entretanto, essas análises se apoiam nas informações sobre ingestão de glicose dadas pelos entrevistados”, explicou Kuhnle.

“O que nossa pesquisa comprova é que os indivíduos com os maiores IMCs tendem a mascarar a quantidade real consumida. Não sabemos o motivo real, mas pode ser simplesmente porque as pessoas com sobrepeso não percebem o quanto comem. Além disso, essa pode ser uma razão que contribui para que elas ingiram calorias desnecessariamente”, informou o cientista.

Segundo a doutora Giota Mitrou, líder de pesquisa, financiamento e atividades científicas da WCRF, esse tipo de estudo é importante, pois existem nove tipos de canceres que estão relacionados à obesidade. Portanto, é indispensável entender a ligação entre os doces e o sobrepeso. “Utilizando amostras de urina junto com um questionário sobre o paciente, é possível ter uma boa ideia do verdadeiro consumo de açúcar. Antigamente, nós se baseávamos apenas no que o paciente relatava”, concluiu Mitrou.

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