Ciência
14/03/2016 às 11:53•2 min de leitura
A jovem Marnie-Rae Harvey, de 17 anos, viu sua vida mudar completamente quando, em 2013, passou a ter sangramentos estranhos. Primeiro, eles vinham acompanhados de uma tosse forte, mas logo se espalharam para a sua gengiva, nariz, ouvidos, olhos e até mesmo para o couro cabeludo.
Ela conta que, sem qualquer motivo aparente, começa a sentir uma queimação em seus olhos, até que o sangue cobre por completo as suas pupilas e ela não consegue ver mais nada. No início, os sangramentos eram rápidos e logo paravam, mas agora têm se tornado diários e com durações mais longas, o que impossibilita a jovem de ir para a escola.
Para piorar, ela afirma que não tem energia para suas atividades diárias e sofre com dor em seus ombros e ossos, além de tonturas.
Marnie já passou por diversos médicos, entre ginecologistas, neurologistas e especialistas em hematologia, mas nenhum deles conseguiu diagnosticar nenhum problema.
O termo usado para as lágrimas de sangue é “hemolacria”, doença que pode causar lesões, problemas de coagulação e disfunções na glândula. Porém, durante os testes, ela não apresentou qualquer alteração referente à patologia.
Após relatar que no período em que está menstruada os sangramentos pioram muito, os médicos acreditam que ela possa sofrer de endometriose, quando o tecido que reveste o interior do útero acaba fora da cavidade uterina. Por conta disso, ela precisou tomar uma injeção chamada “Prostap”, que fez esse órgão parar de funcionar por três meses.
Os riscos são altos, já que ela tem de 60% a 70% de chance de ficar infértil no futuro.
Em Aurelino Leal, interior da Bahia, uma família sofre com a doença inusitada da jovem Keila Bispo dos Santos, de apenas 15 anos. Como no caso anterior, Keila tem sangramentos diários nos olhos e sente muita dor neles e na cabeça.
Mesmo com as poucas condições financeiras, a adolescente já foi levada a vários hospitais, mas nenhum médico encontrou um diagnóstico para o caso.