Ter uma vida sexual melhor pode depender apenas de ritmo, sabia?

09/11/2016 às 07:362 min de leitura

Quando o assunto é sexo, existe sempre aquela certeza: não saber se gozou é o mesmo que não gozar, afinal, quando o clímax nos atinge, é arrebatador – é impossível ter dúvidas de que aconteceu. Para algumas pessoas, então, a coisa toda é ainda mais intensa, e a sensação é de que, durante o orgasmo, a alma simplesmente sai do corpo.

Essa perda de controle mental e física foi tema de um artigo publicado na revista Socioaffective Neuroscience & Psychology. O estudo de Adam Safron sugere que o ritmo no qual o corpo entra durante a relação sexual é capaz de nos colocar em um real estado de transe, que consegue nos fazer perder a consciência e mergulhar em estímulos sensoriais superintensos por alguns momentos.

Segundo Safron, esse processo todo é parecido com o que fazemos ao empurrar alguém em um balanço. O fato é que o ritmo da relação sexual é capaz de se sincronizar com o ritmo da movimentação dos neurônios. Com as duas coisas na mesma frequência, o estímulo acaba sendo mais intenso e a sensação de bem-estar que o orgasmo provoca fica potencializada.

Por causa disso, acabamos perdendo a cabeça mesmo e, quando alcançamos o clímax, temos a impressão de que estamos indo em direção à Lua. Em termos de Neurociênca, o sexo pode nos levar a um estado de alteração mental parecido com o que atingimos durante a meditação.

Não para!

Para Safron, essa interpretação sexual é bastante diferente: “Suspeito que ver a sexualidade como uma espécie de estado alterado de consciência poderia ajudar as pessoas a enxergar o sexo como algo extraordinário, potencialmente ajudando-as a dar uma maior valorização a seus parceiros, e possivelmente até as ajudando a evitar que o sexo perca o seu fascínio”, disse ele, em declaração publicada no The Huffington Post.

Essa conclusão ainda nos permite comparar o sexo com a música, que pode nos tirar de crises de ansiedade, e com a dança, já que ambas as atividades também fazem com que as pessoas se percam em um determinado ritmo e acessem estados alterados de consciência.

Não é à toa que muitos rituais religiosos que buscam o transe e a interação coletiva recorrem à percussão rítmica – e isso acontece desde as culturas mais primitivas. Dessa maneira, podemos deduzir que manter o foco no ritmo do sexo pode melhorar a vida sexual de uma pessoa, e isso é uma ótima notícia.

Safron afirma que a capacidade de focar no ritmo da relação sexual pode nos fazer ter experiências melhores, mais intensas e mais satisfatórias. “Focalizar nos aspectos rítmicos da sexualidade pode tanto ajudar as pessoas a desfrutar mais do sexo quanto a ser mais os amantes que elas querem ser”, revela o pesquisador. Não é uma ótima notícia?

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