6 fatos curiosos sobre o esperma

09/06/2014 às 10:534 min de leitura

Por mais que alguns torçam o nariz diante de palavras como “sêmen” ou “esperma”, esse líquido esbranquiçado produzido pelo organismo masculino tem sua importância no mundo. Assim como os óvulos, os espermatozoides ocupam um lugar central na reprodução humana – o que significa que nenhum de nós estaria aqui se não fossem por eles.

Mas mais do que servir para fazer bebês, o sêmen – tanto humano quanto de outros animais – tem mais usos do que podemos imaginar. Então, se você gosta de aumentar seu repertório de curiosidades sobre assuntos relacionados a sexo, você não pode deixar de conferir esses seis fatos curiosos sobre o esperma.

1. O esperma e os produtos de beleza

Shutterstock

Algumas pessoas investem alto para alcançar a um determinado padrão de beleza. E muitas vezes elas pagam caro por produtos nada convencionais que chegam constantemente às prateleiras. Quando pesquisadores descobriram que o sêmen cotinha um composto chamado espermina, que contém propriedades antioxidantes que podem prevenir o envelhecimento e aliviar as rugas em até 20%, os empresários não demoraram a lançar um produto à base de esperma.

O creme facial é vendido por cerca de 250 dólares em spas de luxo do mundo todo. Os responsáveis pela fórmula revelam que o sêmen foi processado e tratado com substâncias químicas para ganhar um perfume mais agradável e eliminar vírus indesejáveis.

Mas a indústria capilar também não ficou de fora da última tendência de beleza. Depois que o lançamento de um tratamento condicionante feito com esperma de boi fez sucesso em Los Angeles, grandes salões nos Estados Unidos e na Inglaterra desenvolveram suas próprias linhas de tratamento com o polêmico ingrediente, alegando que o sêmen de boi repara cabelos ressecados e danificados, deixando os fios mais fortes e com movimento. A explicação para tantos benefícios está na grande quantidade de proteína presente na substância.

2. O esperma e a alergia

As diversas substâncias que são produzidas e liberadas no nosso organismo durante uma relação sexual é que fazem com que aqueles minutinhos entre os lençóis sejam divertidos. Porém, para algumas pessoas o sexo pode ser um pesadelo. Isso porque, infelizmente, existem pessoas que sofrem com alergia ao sêmen. A aversão pode se manifestar de diferentes formas e intensidades.

Alguns indivíduos apresentam apenas uma leve coceira, mas a ciência conhece casos extremos que resultaram em choque anafilático. E o mais curioso é que essa alergia não acomete apenas mulheres – existem homens com alergia do esperma de outras pessoas e, pior, alergia ao próprio sêmen. Uma das variantes da alergia ao sêmen é conhecida como Síndrome da Doença Pós-Orgásmica (ou POIS, em sua sigla em inglês), que como o próprio nome diz, consiste em sintomas semelhantes a uma gripe, que surgem logo após o orgasmo e podem durar de algumas horas a alguns dias.

Um estudo recente revelou que cerca de 12% das mulheres sofrem com algum tipo de alergia ao sêmen, apresentando sintomas que vão desde dores de cabeça moderadas até erupções cutâneas severas e choque anafilático. Por fim, de acordo com os especialistas, sempre vale alertar que pessoas que apresentam esse tipo de alergia não estão livres de uma gravidez.

3. O esperma e os roubos

Pode parecer absurdo, mas os roubos de sêmen são mais comuns do que se imagina. Para aqueles que não têm um vasto conhecimento sobre a agropecuária, a ideia de alguém que furta esse tipo de material soa muito estranha, mas é uma realidade entre os criadores de gado. Dependendo da raça do animal, uma amostrinha de sêmen pode custar de algumas dezenas a centenas de reais.

Cada amostra contém de 0,25 a 0,5 mililitros de esperma do animal. Supondo que cada dose seja vendida a 30 reais, aquele que conseguir roubar um litro de sêmen terá o equivalente a pelo menos 60 mil reais nas mãos. Só para se ter uma ideia, o litro do ouro líquido chega a custar cerca de 80 mil reais no mercado.

A justificativa para o alto preço do esperma do animal é que para muitos criadores é inviável manter um macho na propriedade, o que faz com que o armazenamento de sêmen seja muito mais efetivo. A demanda crescente por cortes de carne de qualidade também aumentou o interessa em sêmens melhores, resultando em uma indústria multimilionária e se tornando um alvo visado por ladrões.

4. O esperma e a depressão

Apesar da medicina já ter desenvolvido diferentes tipos de antidepressivos, todos nós sabemos que os medicamentos costumam causar efeitos colaterais indesejáveis. Mas um estudo revelou uma solução alternativa para quem não deseja ter que contar sempre com os comprimidos: sexo sem camisinha.

É isso mesmo que você leu! De acordo com um estudo realizado em 2002, relações desprotegidas podem afastar a depressão. Os pesquisadores responsáveis concluíram que as mulheres que não utilizavam preservativos durante a relação demonstravam menos sinais de depressão do que aquelas que seguiam fazendo uso do método contraceptivo. Os cientistas explicaram que a vagina absorve muitos componentes do sêmen, incluindo substâncias capazes de alterar o humor – como endorfina, estrona, prolactina e oxitocina.

Outra vantagem apresentada pelo estudo é que a presença de oxitocina cria um laço mais forte entre os parceiros, além de promover mais interação e aceitação, o que pode reduzir consideravelmente o stress e os sintomas da depressão. Mas não se empolgue! Gordon Gallup, um dos pesquisadores que participou do estudo, declarou que é importante “deixar claro que nós não estamos incentivando as pessoas a se abster do uso de preservativos. Logicamente, uma gravidez indesejada ou uma doença sexualmente transmissível compensariam mais do que quaisquer efeitos psicológicos vantajosos do sêmen”.

5. O esperma e o bactericida

Doenças venéreas são um problema tanto para humanos quanto para animais. Mas qual é a saída se os bichinhos não podem usar camisinha ou qualquer outro método para se evitar doenças e o contato com micro-organismos? Bem, se o esperma de outras espécies tiver as mesmas propriedades do que o sêmen do pato-real, eles não precisam se preocupar.

Isso porque os pesquisadores descobriram recentemente que os patos-reais apresentam menos casos de DSTs porque seu sêmen é capaz de destruir bactérias como a E. coli e outros patógenos. Além disso, as fêmeas da espécie conseguem identificar os machos cujo esperma é mais antimicrobiano apenas ao olhar para o bico da ave – quanto mais colorido, mais limpo é seu sêmen.

Mas antes que você comece a questionar por que a natureza foi legal com uma espécie de pato e deixou você a ver navios, saiba que o esperma humano também é antimicrobiano. Porém, para o nosso azar – e para a sorte da indústria farmacêutica – a ação do sêmen humano não é forte o suficiente e sua eficácia em combater micro-organismos diminui em um curto período de tempo.

6. O esperma e as reações alérgicas

Quando pensamos nas consequências de entrar em contato com o esperma, doenças sexualmente transmissíveis e uma gravidez indesejada são as primeiras coisas que vêm à mente. No entanto, é preciso colocar algumas alergias nesta lista. Como você deve ter notado, vamos tratar de alergias novamente, mas aqui a coisa muda um pouco de figura.

Pessoas que já sofrem com alergias alimentares têm mais um fator com que se preocupar: reações alérgicas desencadeadas por traços de alimentos presentes no sêmen. No primeiro caso registrado de reação alérgica sexualmente transmissível, a paciente apresentou falta de ar, tontura, inchaço e coceira nos genitais após a relação. Depois de ser levada ao hospital e passar por uma série de exames, os médicos descobriram que se tratava de uma reação aos compostos alergênicos presentes na castanha-do-pará.

As castanhas – alimento evitado na dieta da mulher – haviam sido consumidas muitas horas antes pelo namorado da paciente e como não foram completamente processadas durante a digestão, traços puderam ser encontrados no sêmen do namorado. Os médicos acreditam que muitos outros casos de reações alérgicas desencadeados logo após as relações sexuais possam estar associados à transferência de alergênicos através do esperma.

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