Cientistas fazem com que mosquitos sejam resistentes à dengue

07/11/2013 às 05:552 min de leitura

A dengue é uma das doenças virais transmitidas por mosquitos que mais afetam o planeta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, atualmente 2,5 bilhões de pessoas correm o risco de contrair dengue no mundo todo. Além disso, a organização estima que 50 a 100 milhões de novas infecções ocorram anualmente.

Mas a notícia divulgada nesta semana pode reverter essa situação: cientistas estão liberando mosquitos resistentes à dengue no Vietnam em uma tentativa de restringir o número de casos da doença. Para conseguir essa façanha, os especialistas introduziram a bactéria Wolbachia – que previne a transmissão da dengue – no organismo dos mosquitos.

Mosquitos remediados

Acredita-se que a Wolbachia possa infectar até 70% dos insetos do mundo. Pesquisas também mostraram que essas bactérias podem evitar a proliferação de doenças como febre amarela e a febre do Nilo ocidental, além da dengue.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

No entanto, o Aedes aegypti não carrega essa bactéria naturalmente. Depois de grandes esforços acerca da questão, os cientistas encontraram uma maneira de introduzir a Wolbachia no organismo dos mosquitos para induzir uma infecção e fazer com ela fosse transmitida para a prole. O resultado foi uma nova linhagem de mosquitos que não carregam o vírus da dengue, portanto, são incapazes de transmitir a doença para pessoas saudáveis.

Testes no Vietnam

A nova linhagem de mosquitos foi enviada da Austrália para a ilha de Tri Nguyen, no Vietnam, para entrar em contato com a população e testar a eficiência da descoberta na prevenção de doenças em regiões que costumam ser afetadas pela dengue.

A próxima etapa do experimento consiste em manter colônias de Wolbachia na natureza. Os pesquisadores também estão buscando realizar um trabalho semelhante com a malária, mas contam com uma dificuldade: a doença pode ser transmitida por mais de uma espécie de mosquito. Mesmo assim, esse tipo de prevenção tem se mostrado uma excelente maneira de tratar essas doenças mundialmente.

“Tenho trabalhado com a dengue há uns 40 e poucos anos e sempre falhamos miseravelmente. Agora estamos entrando em um período muito empolgante em que acredito que poderemos controlar a doença. Eu realmente acredito”, comenta Duane Gubler, especialista em dengue da Duke-NUS Graduate Medical School, em Cingapura.

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