4 descrições bizarras de animais e vegetais que ficaram famosas

15/04/2024 às 10:002 min de leituraAtualizado em 15/04/2024 às 10:00

Se não existisse fácil acesso à internet, aos livros e mesmo a professores para nos apresentar ao mundo animal, e com isso não tivéssemos muita noção acerca das diversas espécies existentes, como seria?

Bom, existem relatos históricos que exploram essa possibilidade para lá de remota atualmente, considerando que foi mais ou menos isso o que ocorreu com as pessoas que fizeram o registro de animais e plantas pela primeira vez. O que significa dizer que enquanto alguns relatos foram realistas, muitas outras observações se mostraram exageradas, cômicas ou no mínimo equivocadas.

1. Uma polêmica descrição dos crocodilos

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Gemelli Careri conheceu os crocodilos em sua viagem para as Filipinas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Para Giovanni Francesco Gemelli Careri, que viveu entre 1651 e 1725, foi exatamente a combinação dessas três possibilidades que deu vida à descrição dos crocodilos. O aventureiro foi um dos primeiros europeus a navegar pelos mares e descobrir o mundo que se escondia além do horizonte. Em sua viagem de cinco anos que deu vida ao livro Giro del mondo, o explorador descreve a espécie.

Esses animais foram vistos em grupo pelo italiano, que ao comentar dos perigos para os desavisados que eventualmente fossem atacados e engolidos pelos répteis, julgou que as vítimas sequer teriam por onde "sair" depois da digestão. Do ponto de vista dele, os crocodilos não tinham passagem para a saída dos excrementos, e assim eles permaneciam com aquilo que engoliam por muito tempo dentro do corpo. Essa suposição está incorreta, pois os crocodilos também eliminam suas fezes.

2. Uma bebida de sabor marcante

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Pietro Della Valle foi um explorador italiano que viveu entre 1586 e 1652 e forneceu uma excelente descrição de uma bebida amada em todo o mundo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

No caso do café, o relato se ateve a aspectos mais técnicos, que evidenciam como essa bebida rapidamente conquistou o paladar de diversos povos ao redor do mundo. Pietro Della Valle, ao descrever o café turco no século XVII, destaca as particularidades que hoje conhecemos e apreciamos tão bem — mas que ainda geravam dúvidas no período em que vivia.

"Os turcos tomam uma bebida de cor preta, que durante o verão é muito refrescante, enquanto no inverno aquece poderosamente o corpo". E ele ainda acrescenta como o café pode ter um sabor diferente: "para aproveitá-lo melhor, misturam-se a esse pó de café muito açúcar, canela e cravo bem batido, o que lhe confere um sabor requintado".

3. Bichos-preguiça foram encarados com estranheza

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Gonzalo Fernández de Oviedo parece estar se referindo aos bichos-preguiça em seus escritos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Para Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés, que viveu entre 1478 e 1557, as preguiças foram classificadas como animais estranhos — ou pelo menos podemos dizer que sua descrição dá a entender isso: "esses animais estão na terra firme e são muito estranhos de se ver pela desproporção que têm em relação a todos os outros animais."

"Eles têm olhos pequenos e redondos e narinas como os dos macacos... Seu principal desejo é se agarrar e aderir firmemente às árvores". Ou seja, seus traços considerados monótonos não passaram despercebidos.

4. Quando tubarões são mais perigosos que o esperado

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
O susto com a descoberta do perigo dos tubarões. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

O instinto humano pode até indicar que os tubarões são animais perigosos, mas infelizmente apenas a experiência pode mostrar o quanto. Pelo menos foi assim para os contemporâneos de Christopher Fryke, conhecido por seus relatos das viagens que realizou até as Índias Orientais, escritos em 1700 — local em que esses animais pareciam estar mais presentes, segundo o explorador holandês.

"Um tubarão veio até o homem e o puxou para baixo da água, e nunca mais pudemos ouvir falar dele, ou sequer ver qualquer vestígio dele; o que fez todos os velhos marinheiros se perguntarem, que disseram: eles nunca souberam que um tubarão levasse mais de um homem do que uma perna, ou, pode ser, uma boa parte da coxa".

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