Maconha faz mais mal a cérebro de adolescentes do que álcool

05/10/2018 às 09:302 min de leitura

Um estudo recente que avaliou os danos do uso de drogas por adolescentes revelou que a cannabis é mais prejudicial do que o álcool. O motivo para isso está no fato de que a maconha tem efeitos sobre o raciocínio, o comportamento e a memória mesmo depois que as pessoas param de consumir a droga.

O estudo foi publicado no American Journal of Psychiatry e trouxe dados resultantes do acompanhamento de 3.826 estudantes a partir dos 13 anos de idade, que participaram de avaliações ao longo de quatro anos.

Cada adolescente respondia perguntas sobre uso de maconha e de álcool, além de participar de testes cognitivos que visavam estimar suas habilidades cerebrais. De todos os entrevistados, 75% admitiram que consumiam bebida alcoólica ocasionalmente, e 28% afirmaram que fumam maconha.

Ainda que o consumo da erva tenha sido menor entre os adolescentes avaliados, os efeitos dessa droga foram mais duradouros e proeminentes nesses jovens, uma vez que a maconha afeta a memória, o controle da inibição e o raciocínio.

Cérebro em formação

maconha

Patricia J. Conrod, uma das autoras do estudo, disse que o problema maior de tudo isso é que o cérebro dos adolescentes ainda está em desenvolvimento, e que a cannabis afeta esse desenvolvimento, então a recomendação é a de adiar o uso da cannabis o máximo possível. Vale ressaltar que a pesquisa não afirma que o álcool não faz mal, muito pelo contrário, a questão está mesmo no fato de que a maconha faz mais mal ainda e por mais tempo.

Em relação à cannabis, é importante esclarecer que seus efeitos variam de pessoa para pessoa, e que dependem de fatores como idade, dose e frequência de uso. Há estudos que já comprovaram que a maconha afeta partes do cérebro relacionada ao desenvolvimento, prejudicando a transmissão de sinais nervosos.

No caso das doenças mentais, ainda não há um consenso sobre o uso da maconha, mas já foram realizados estudos que relacionaram a droga com a ocorrência de episódios de psicose. Em todo caso, precisa-se levar em conta também fatores como predisposição genética, traumas na infância e histórico familiar.

Na dúvida, o melhor é não usar a droga, muito menos na adolescência.

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