Cientistas podem produzir 'minicérebros' de chimpanzés em massa

14/02/2019 às 07:012 min de leitura

"Como o cérebro humano se desenvolveu ao longo da história?" Essa é a questão que um grupo de cientistas apoiado pela Universidade de São Francisco na Califórnia está tentando desvendar. Em algum ponto do processo evolutivo, nosso cérebro sofreu um surto de crescimento. O fenômeno se concentrou, principalmente, no neocórtex. Essa região, também conhecida como "córtex mais recente", abrange todas as aréas mais avançadas — e mais modernas  do córtex.

A mudança gerou uma bomba de inteligência, pronta para ser utilizada na linguagem, no racioncínio e em outras marcas cognitivas adquiridas a partir desse crescimento inesperado. Atualmente, cientistas tentam descobrir quais fatores levaram a esse processo. 

Reprodução/IFL Science

Para guiar a pesquisa, publicada na revista Cell, o grupo criou "minicérebros" de chimpanzés em laboratório e observou seu progresso. O desenvolvimento inicial dos cérebros humanos, de macacos e chimpanzés foram comparados em uma placa Petri  ferramenta de análise referida no estudo como "antropologia celular". Inúmeras mudanças genéticas exclusivas dos seres humanos puderam ser identificadas nessa experiência.

Segundo informações do professor de Biologia Celular Arnold Kriegstein, nosso cérebro já é duas vezes maior do que o dos chimpanzés quando nascemos. Portanto, buscando ter um resultado mais exato, o grupo de cientistas teve que utilizar o desenvolvimento embrionário como parâmetro. Assim, os pesquisadores têm se aproximado dos fatores responsáveis por impulsionar o crescimento do neocórtex humano.

Reprodução/IFL Science

É bom lembrar que não estamos falando de experimentos como os do temido Doutor Frankenstein. Os "minicérebros" não estão armazenados em pequenos recipientes dentro de uma sala assombrosa. Eles são apenas aglomerados de células que imitam um cérebro animal  mas incapazes de ter qualquer pensamento.

Além de encontrar um caminho para analisar o progresso do cérebro humano, o que é um grande avanço, o estudo demonstrou que uma produção em massa dos "minicérebros" de chimpanzés em laboratório é totalmente possível  esse é um fato revolucionário na ciência.

Inicialmente, a equipe reuniu células-tronco pluripotentes derivadas de pele de chimpanzés e de humanos. Essas células podem se transformar em qualquer tecido do corpo e foram estimuladas até que os cérebros em miniatura fossem criados. Segundo Kriegstein, há 10 anos, um experimento como esse não era sequer imaginável.

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