Dependendo de onde você mora, ser muito desconfiado pode afetar seu salário

12/06/2015 às 12:492 min de leitura

Você é do tipo que vive com a pulga atrás da orelha e está sempre achando que alguém está tentando passar a perna em você? Pois, de acordo com uma série de estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade de Colônia, na Alemanha, dependendo de onde você more, essa atitude pode fazer com que o seu salário seja mais alto ou mais baixo do que a média.

Cruzando informações

Segundo Kira Newman da Universidade de Berkeley, nos EUA, os pesquisadores alemães conduziram um total de cinco estudos nos quais analisaram uma série de levantamentos realizados com 68 mil pessoas — dos Estados Unidos e de países europeus — ao longo de 15 anos.

Esses levantamentos traziam informações relacionadas com o poder aquisitivo dos participantes, assim como questionários nos quais eles responderam perguntas que mediam seu grau de confiança com respeito a outras pessoas.

Desconfiança negativa

Após o cruzamento das informações, os cientistas perceberam que tanto os participantes norte-americanos como os alemães que tinham dificuldades para confiar nos outros tendiam a ter salários mais baixos do que a média.

Além disso, quanto maior fosse o grau de desconfiança, menor era o poder aquisitivo do indivíduo avaliado. O mais interessante é que, mesmo avaliando os dados em diferentes períodos — ou seja, logo ao início do levantamento, assim como dois e nove anos depois —, essa tendência se repetia.

Especulações

De acordo com Kira, antes da publicação do estudo alemão, outras pesquisas já haviam demonstrado que pessoas desconfiadas tendem a ter relacionamentos mais conturbados e mais problemas de saúde — física e mental. Cientistas inclusive chegaram identificar uma relação entre o baixo poder econômico e os indivíduos com dificuldades para confiar nos demais.

Segundo disse, na época os cientistas chegaram a especular que a causa desse fenômeno seria justamente a saúde mais frágil, e o fato de os desconfiados serem mais neuróticos, terem a autoestima mais baixa e serem mais introvertidos. No entanto, o último dos cinco estudos conduzidos pelos pesquisadores alemães — que envolveu a análise de dados de participantes de 41 países — revelou algo bem interessante.

Desconfiança positiva

Os pesquisadores alemães perceberam que em países nos quais os índices de violência eram mais elevados e a população era menos solidária, o alto grau de desconfiança, em vez de ser prejudicial, resultava positivo financeiramente, com participantes recebendo salários mais altos. Ou seja, a análise revelou que, nesses casos, acontece justamente o contrário do observado em países com baixo índice de violência e população mais solidária.

Segundo explicaram, indivíduos mais desconfiados são incapazes — ou simplesmente preferem evitar — confiar nos outros. Dessa forma, eles são menos propensos a se unir a esforços colaborativos, pedir ajuda aos demais e estão sempre esperando que as outras pessoas tirem vantagem deles.

Sendo assim, para quem mora em países como a Suécia, Noruega, Dinamarca e até nos EUA, ser desconfiado demais pode ser financeiramente pouco interessante — e uma mudança de atitude seria positiva e bem vinda. Por outro lado, para aqueles que vivem em países com altos índices de violência, viver com a pulga atrás da orelha é a melhor coisa a fazer.

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