Vacina universal para a gripe é testada com sucesso em animais

04/06/2013 às 11:122 min de leitura

A nova arma contra a gripe pode estar prestes a surgir. Pesquisadores da empresa Sanofi, de Massachussetts, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma vacina universal contra a gripe, ou seja, que não precisa ser atualizada anualmente para combater novas variantes dos vírus da influenza.

As vacinas atuais fazem uso de vírus inativos para incentivar o nosso corpo a conhecer o inimigo e a combatê-lo com o sistema imunológico. Porém, no caso do vírus da gripe, há uma mutação muito alta e, por isso, as vacinas precisam ser modificadas constantemente, para que possam lidar com os microrganismos do momento.

Para tornar tudo mais eficaz, cientistas estão trocando os vírus por nanopartículas capazes de se auto-organizarem e induzirem o corpo humano a criar proteção contra variantes do vírus da gripe que ainda nem surgiram, aumentando em muito a eficácia da vacina.

Outra vantagem é o fato de que essa técnica dispensa uma das etapas que consomem mais tempo na produção das vacinas atuais, que é a criação de vírus em ovos ou cultura de células em laboratórios.

Nova vacina protegeu furões de variantes do H1N1 que ainda não existiam Fonte da imagem: Reprodução/Wikipedia

O pesquisador Masaru Kanekiyo criou as nanopartículas usando hemaglutinina (HA), uma das principais proteínas antigênicas que revestem o vírus da gripe, e a ferritina, uma proteína de reserva do ferro que forma aglomerados esféricos. Essas moléculas foram manipuladas para formar uma estrutura muito particular: um núcleo com 24 pedaços de ferritina de onde saem oito protuberâncias triplas de hemaglutinina, que servem para imitar a presença da HA nos vírus da gripe.

Testes em animais comprovam eficácia

Quando injetadas, essas nanomoléculas induzem níveis de anticorpos contra a gripe 34 vezes maiores em ratos e 10 vezes maiores em furões se comparadas com as vacinas tradicionais. Os cientistas acreditam que isso se deve ao fato de as moléculas de HA estarem “empacotadas” de maneira bem menos densa do que os vírus comuns e também não estarem protegidas por outro tipo de revestimento. Isso faz com que o sistema imunológico possa “observar melhor” o invasor.

Os furões imunizados com a hemaglutinina retirada de uma variante do vírus H1N1 de 1999 também acabaram protegidos de variantes que surgiram, por exemplo, em 2007, ou seja, um vírus que nem sequer existia naquela época. Apesar disso, ainda seria necessária uma vacina para cada um dos tipos de vírus, do H1 ao H17.

Agora, os pesquisadores precisam testar a vacina em humanos e encontrar uma forma de produzi-la de maneira que seja economicamente viável. Eles também estão trabalhando em vacinas para o HIV e o vírus da herpes que possuem o mesmo princípio de atuação, e também esperam que essa técnica sirva para combater bactérias e doenças provocadas por parasitas.

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