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Micróbios do intestino de pessoas magras podem combater a obesidade

06/09/2013 às 13:012 min de leitura

O estudo do efeito que os micróbios presentes no intestino podem ter sobre o restante do organismo não é exatamente novidade. Recentemente, uma matéria do site The Verge relatou a história de uma paciente com TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) e TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) cujo tratamento surtiu efeito quando um dos médicos receitou probióticos e tratou de cuidar do sistema digestivo da garota.

Agora, a novidade que vem da Universidade de Washington através do mesmo site é que as bactérias presentes no intestino têm influência sobre o nosso peso. Os pesquisadores da instituição, que já vem investigando o efeito desses micro-organismos há algum tempo, descobriram que o ganho de peso pode ser prevenido a partir da troca dos micróbios associados à obesidade por micróbios que estejam relacionados a pessoas magras.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

A comprovação

Para comprovar a hipótese, a equipe de cientistas transplantou bactérias encontradas no intestino de pessoas magras e obesas em ratos. Como era de se esperar, aqueles que receberam o material das pessoas magras se mantiveram magros, por outro lado, as cobaias transplantadas com micróbios de pessoas obesas ganharam peso.

Vale notar os resultados que os pesquisadores ainda conseguiram com um terceiro teste: ao associar os dois tipos de bactérias, os micro-organismos provenientes de pessoas magras se sobressaiam e dominavam àqueles relacionados com a obesidade. No entanto, esse fenômeno só foi notado nos ratos que seguiram uma alimentação balanceada.

“Manter uma dieta saudável estimula os micróbios associados à magreza a rapidamente se incorporarem ao intestino. Mas uma dieta rica em gorduras saturadas e pobre em frutas e vegetais impede a invasão dos micróbios relacionados à magreza”, explica Jeffrey Gordon, coautor do estudo.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

O futuro da pesquisa

Gordon acredita na importância dessa distinção: “nossos resultados ressaltam as fortes interações entre os micróbios do intestino e a dieta”. Isso significa que nem os micro-organismos nem a alimentação serão capazes de trazer resultados de maneira independente.

No momento, os testes foram executados apenas em ratos, mas o cientista e sua equipe já demonstraram interesse em utilizar os micróbios para tratar doenças. Os pesquisadores da Universidade de Washington acreditam na possibilidade de desenvolver probióticos que estimulem os micróbios associados à magreza. Isso pode ser parte da solução para a obesidade, mas ao menos os cientistas já sabem que é preciso ir além do laboratório e promover também uma alimentação saudável entre os pacientes.

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