Cientistas afirmam que o sono serve para 'limpar' o nosso cérebro

18/10/2013 às 04:582 min de leitura

Se você acha que dormir é uma verdadeira perda de tempo e já se perguntou por que é que fazemos isso, um grupo de cientistas norte-americanos afirma ter descoberto a resposta, pelo menos no que diz respeito ao sono de ratinhos. Os pesquisadores descobriram que durante o sono, o líquor — ou líquido cefalorraquidiano — é bombeado pelo cérebro desses animais limpando o material desnecessário, como se fosse uma máquina de lavar louça biológica.

De acordo com o The Guardian, os pesquisadores descobriram que esse processo ajuda a eliminar detritos moleculares que vão se acumulando no cérebro devido à atividade natural das células cerebrais, além de remover proteínas tóxicas cujo acúmulo pode causar a demência. Segundo os cientistas, além de explicar a razão de dormirmos, a descoberta pode explicar o motivo de o sono ser crucial para todos os organismos vivos.

Máquina de lavar

Fonte da imagem: pixabay

Observado os ratinhos em laboratório, a equipe percebeu que as células cerebrais dos animais “encolhiam” durante o sono, tornando o espaço entre elas, em média, 60% maior. Com isso, o líquor circulava mais depressa pelo cérebro dos ratos, dez vezes mais depressa do que quando estavam acordados.

Para comprovar a eficiência da “máquina de lavar louça biológica”, os cientistas injetaram proteínas relacionadas com o mal Alzheimer no cérebro dos ratinhos, descobrindo que esses materiais eram eliminados dez vezes mais depressa em animais que estavam dormindo. Para os pesquisadores, o processo de limpeza é mais ativo durante o sono porque, quando estamos despertos, a demanda de energia necessária para bombear o líquor pelo cérebro é muito maior.

Faxina cerebral

Fonte da imagem: shutterstock

Os cientistas explicaram que, depois de terminar a faxina cerebral, os detritos são eliminados através do que eles chamaram de “sistema glinfático”, que leva esse material até o fígado onde ele é então metabolizado e descartado. Outros pesquisadores se mostraram um pouco céticos com relação ao estudo, alegando que ainda é muito cedo para determinar como esse mesmo processo funciona nos humanos ou para afirmar que essa seria a única função do sono.

Para os críticos, o cérebro humano é uma estrutura muito mais complexa do que o dos ratos, e desenvolveu funções muito mais sofisticadas. Conforme explicaram, o nosso sono está relacionado com muitos outros processos biológicos, como o metabolismo, a digestão e a nossa fisiologia. Por outro lado, os pesquisadores estão convencidos de que esse sistema funciona de maneira parecida nos humanos, e a descoberta pode ser útil no desenvolvimento de novos medicamentos e, quem sabe, para reduzir o tempo que passamos dormindo.

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