Você sabe qual é o melhor país do mundo para morrer?

16/10/2015 às 09:333 min de leitura

Diante de uma realidade difícil em quem há crises econômicas, violência e muitos outros fatores, a maioria das pessoas fica pensando qual seria o melhor lugar ou país para morar. O fato é que não é só por uma vida saudável que as pessoas se preocupam em encontrar um lugar melhor. Cuidado paliativo, final da vida e questões relacionadas à qualidade do tratamento de saúde também são importantes, afinal, todos nós, um dia, vamos morrer.

Embora muitas vezes as pessoas procurem não pensar na maneira como isso vai ocorrer, justamente por evitar pensar no sofrimento quando a hora chegar, a preocupação com o que vai acontecer no final da vida vem se tornando maior. Segundo o site Quartz, isso ocorre em função da vida mais longa, com múltiplas doenças e tratamentos que necessitam de altos investimentos.

Assim, a Unidade de Inteligência do jornal The Economist (EIU) apresentou um ranking de países com o chamado “índice de qualidade de morte”. A pesquisa levantou 20 indicadores, qualitativos e quantitativos, que medem o nível de eficiência dos cuidados ao fim de vida oferecidos pelos serviços de 80 países. Os tópicos considerados foram a qualidade do cuidado paliativo, a acessibilidade, o ambiente de cuidados à saúde e o envolvimento da população. Veja abaixo os gráficos com os resultados separados por renda, com os 10 melhores países para morrer de cada grupo.

Os melhores países para morrer (com maior renda)

O melhor país para morrer, segundo o levantamento, é o Reino Unido, que, em uma escala de 0 a 100, obteve 93,9 pontos. Junto com os ingleses, no topo, estão, logicamente, os países mais ricos. Neste gráfico, o ponto que mais chama a atenção é que os Estados Unidos ficaram apenas na nona posição, com 80,8 pontos e atrás de países como Nova Zelândia, Bélgica e a região de Taiwan, entre outros.

Países com renda média

Entre os países de renda média, a Costa Rica é o que mais se destaca, com 57,3 pontos. De acordo com o EIU, o índice obtido pelo país da América Central é reforçado principalmente pelas grandes redes de trabalhos voluntários que apoiam os serviços públicos. Aqui, o Brasil figurou apenas na décima colocação, ficando atrás de lugares como Panamá, Argentina, Cuba, Jordânia e outros.

O resultado do Brasil, apesar de lamentável, não deve surpreender muitas pessoas, tendo em vista que a qualidade dos serviços públicos, principalmente o da saúde, é notadamente precária na maioria das regiões. Entretanto, o índice é tão reduzido que alguns países de renda baixa obtiveram resultados mais expressivos.

Países de baixa-renda

Mongólia e Uganda surpreenderam com suas pontuações no ranking de melhores lugares para morrer. Os índices, 57,7 e 47,8 respectivamente, superam grande parte dos países de renda média. O resultado coloca as duas nações como as mais bem colocadas entre as mais pobres.

Os índices têm algumas explicações, segundo a EIU. No caso de Uganda, houve um aumento nos estoques de morfina por meio de uma parceria público-privada entre o Ministério da Saúde e a Hospice Africa, instituição de caridade britânica.

Já a Mongólia teve um avanço importante nos serviços de cuidados ao fim de vida, fruto do trabalho da médica pediatra Dra. Odontuya Davaasuren. De acordo com o site Quartz, ela participou de uma conferência sobre o tema na Suécia e trouxe as melhores ideias para implantar no país. Em 2000, ela fundou a Sociedade de Cuidados Paliativos da Mongólia, em um momento em que o país não possuía nenhum programa nesse sentido. Segundo afirmou, ela mesma não sabia nem o que significava cuidado paliativo.

Campanha de vacinação contra sarampo e rubéola realizada na Mongolia

As contribuições de Davaarusen ajudaram a aprimorar e a estabelecer mudanças nos serviços públicos e na lei sobre a questão dos cuidados ao fim de vida. Atualmente o país está ampliando atendimento paliativo a crianças e combate ao câncer, além de outros serviços de apoio aos enfermos.

Infelizmente, a situação de aprimoramento do atendimento paliativo na Mongólia e em outros países contrasta com os dados gerais estimados pela EIU. Segundo a instituição, no mundo, apenas 10% das pessoas que necessitam recebem os devidos cuidados ao fim de vida.

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